Não é de hoje que a mobilidade vem ganhando uma cara nova nos grandes centros mundo afora. É um processo que vem avançando rapidamente nas duas últimas décadas, causando um efeito disruptivo parecido ao que houve no período em que veículos automotores passaram a ser produzidos em série – e se tornaram os protagonistas no ato de levar pessoas e coisas de um lado para outro.
No Brasil, esse processo teve início na década de 1950. No entanto, há uma diferença importante. Naquela época, automóveis substituíram o uso de cavalos e outros animais. O que testemunhamos agora, ao vivo e a cores, não é a substituição dos carros, mas o surgimento de uma ampla rede de possibilidades de mobilidade. Isso permite às pessoas escolherem dentre várias opções quando precisam se deslocar.
Por exemplo, tem quem vá de bike até um terminal urbano, pegue um ônibus e depois finalize o trajeto com um táxi ou carro de aplicativo. Ou quem vá com o seu carro até a um estacionamento próximo a uma estação de metrô e depois feche o trajeto de transporte público.
Nem mesmo é preciso ter uma bike ou carro próprio. A tecnologia permite acesso fácil e prático para alugar e usufruir só pelo período. Naquela época, automóveis. E quem precisa – ou quer – manter um carro na garagem pode optar pelo serviço de assinatura e apenas desfrutar do uso do veículo, sem o trabalho, aborrecimentos e custos inerentes à propriedade.