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Argentina encontra documentos nazistas no porão da Suprema Corte do país

No total, são 83 caixas de papelada, que foram apreendidas pela Justiça ainda durante a Segunda Guerra. Entenda o caso.

Por Manuela Mourão
24 Maio 2025, 16h00

Em meio às obras para a construção do museu da Suprema Corte da Argentina (que lá é chamada de Corte Suprema), trabalhadores encontraram, sem querer, caixas com centenas de documentos nazistas, como fichas de filiação ao partido de Hitler e materiais de propaganda do regime.

Tudo estava no porão do Palácio da Justiça, em Buenos Aires, sede da Suprema Corte do país. Os documentos estavam em meio a caixas com arquivos não digitalizados de processos judiciais antigos. (processos os quais estavam sendo movidos para o novo museu). 

Essa papelada foi remexida porque alguns dos documentos estavam de mudança para o novo museu. Sabe quando você vai arrumar a sua gaveta e encontra até o que não gostaria? Foi mais ou menos isso que aconteceu – numa escala maior.

Segundo a Suprema Corte Argentina, os documentos nazistas são envios feitos em 1941 pela embaixada alemã em Tóquio. No total, são 83 caixas. O presidente da Corte, Horacio Rosatti, ordenou um fichamento de todo o material encontrado após sua preservação inicial.

Na época, diplomatas alemães que estavam na Argentina declararam que as caixas tinham pertences pessoais e solicitaram um despacho sem uma checagem. As autoridades alfandegárias, porém, alertaram o ministro das Relações Exteriores que permitir a entrada dos pacotes no país sem inspeção poderia ameaçar a neutralidade da Argentina na Segunda Guerra Mundial.

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Em 8 de agosto de 1941, quando a guerra já estava rolando,representantes do governo argentino abriram aleatoriamente cinco caixas. Os documentos encontrados eram bastantes similares ao resto do conteúdo revelado este ano: cartões-postais, fotografias e material de propaganda do regime, milhares de cadernos pertencentes à Organização do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães no Exterior (Partido Nazista) e ao Sindicato Alemão.

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Os alemães pediram que os pacotes fossem devolvidos. De acordo com a Suprema Corte, as autoridades nacionais estavam inclinadas a atender ao pedido, mas a comissão que investigou o caso recorreu à Justiça para que isso não acontecesse, “alegando a presença de propaganda antidemocrática prejudicial às nações aliadas da Argentina no material já examinado”. No fim, um juiz ordenou a apreensão das caixas. 

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No comunicado oficial da Corte, o tribunal não explicou por que as caixas permaneceram fechadas por tanto tempo. No dia 9 de maio, Rosatti e outras autoridades argentinas, incluindo representantes do Museu do Holocausto de Buenos Aires, estiveram presentes na abertura oficial do restante das caixas.

O conteúdo agora será colocado sob guarda policial enquanto é escaneado, digitalizado e revisado. As autoridades disseram que querem ver quais informações os materiais contêm sobre o Holocausto e outros aspectos do regime (como entender, por exemplo, de que forma o dinheiro do partido nazista circulou na Argentina).

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