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Denis Russo Burgierman
O filme se passa num mosteiro budista do norte da Índia, onde um grupo de monges aguarda pacientemente que os chineses desocupem o Tibete. O diretor, o líder religioso Khyentse Norbu, considerado pelos budistas a encarnação de um famoso lama, aprendeu a fazer cinema com Bernardo Bertolucci durante a filmagem de O Pequeno Buda. A produção é do Butão, um país onde jamais havia sido feito um único filme. E, para completar a salada, o tema da fita é… futebol.
A Copa é um filme estranho e surpreendente, que conta como a Copa da França alterou a rotina de um monastério. Entre um jogo e outro, Norbu aproveita para passar mensagens políticas – como no momento em que os monges declaram estar torcendo para a França por ser o único país que apóia o Tibete contra a China. A Copa tem dois méritos: mostra como nosso futebol repercute nos cantos mais distantes do globo e nos apresenta à remota cultura tibetana. No final, fica claro que o penteado do Ronaldinho não é a única coisa que aproxima o Tibete do Brasil.
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