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Como funciona o embargo a Cuba?

O embargo é um bloqueio econômico dos EUA, aplicado desde 1962 como resposta à desapropriação de terras de empresas americanas na ilha.

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Atualizado em 7 mar 2023, 16h48 - Publicado em 31 mar 2008, 22h00
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  • Texto Maíra Termero

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    O embargo é um bloqueio econômico dos EUA, aplicado desde 1962 como resposta à desapropriação de terras de empresas americanas na ilha. O objetivo das restrições (veja os principais exemplos no quadro abaixo) é asfixiar a economia de Cuba. Segundo o governo americano, isso ajudaria a “levar democracia aos cubanos” – se bem que, para alguns analistas, o embargo fortalece ainda mais a ditadura, que joga nos ombros dos EUA a responsabilidade por todos os males na ilha. De qualquer forma, as penas para americanos que violem as sanções são pesadas: até 10 anos de prisão e multas de US$ 1 milhão para corporações ou US$ 250 mil para cidadãos. Mesmo com tanto controle, os EUA são hoje o 3º maior exportador de produtos para Cuba, a maior parte alimentos e produtos agrícolas. “Isso foi fruto de um acordo humanitário, que desde o ano 2000 autoriza a entrada no país de itens de primeira necessidade, como alimentos e remédios”, afirma o historiador Luis Fernando Ayerbe, da Unesp, autor do livro Estados Unidos e América Latina: a Construção da Hegemonia. Se nos tempos de Guerra Fria (1945-1991) todo o mundo capitalista tinha alguma restrição a Cuba, hoje o embargo só é apoiado pelos aliados americanos mais próximos – na Assembléia Geral da ONU em 2007, apenas 4 dos 188 membros não votaram pela condenação às sanções: Israel, Palau, Ilhas Marshall e, claro, os EUA. Fidel renunciou ao poder, mas o governo Bush já disse que nada muda no embargo. Um afrouxamento só deve acontecer (se acontecer) em 2009, com o novo presidente.

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    Sin ternura jamás

    Bloqueio americano impõe restrições tanto nos EUA quanto em Cuba

    NOS EUA

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    NAVIOS

    Todo navio que passar por Cuba – mesmo que seja apenas uma escala rápida – não pode atracar nos EUA por 6 meses.

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    PRODUTOS CUBANOS

    Produtos com qualquer matéria-prima cubana são barrados. Americanos não podem entrar nos EUA com charutos cubanos, por exemplo, mesmo que os comprem em outro país.

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    IMIGRANTES CUBANOS

    O regime comunista proíbe as pessoas de deixar a ilha (a não ser em viagens oficiais, esportivas ou de estudo). Quem foge de barco para os EUA e é pego no mar pela guarda costeira americana é mandado de volta. Quem chega a terra firme sobrevive como ilegal.

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    LIBERADO

    Livros, objetos de arte, filmes e afins podem ser transportados livremente de um país para outro. Cds e dvds virgens não entram nessa categoria.

    EM CUBA

    PROIBIDO

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    TURISTAS AMERICANOS

    Entre 2004 e 2006, mais de 800 americanos foram punidos nos EUA por viajar ilegalmente a Cuba.

    RESTRITO

    PROFISSIONAIS AMERICANOS

    Entre os americanos, só jornalistas, membros do governo em viagem oficial ou pesquisadores podem pisar na ilha.

    DINHEIRO GANHO NOS EUA

    A remessa de dólares para Cuba é permitida até US$ 300 a cada 3 meses – desde que a pessoa não tenha parentes em cargos do governo na ilha.

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    PARENTES

    A visita a familiares diretos (marido ou mulher, pais, filhos, netos e avós) é limitada a 14 dias a cada 3 anos. Na ilha, o visitante só pode gastar até US$ 50 por dia.

    PRESENTES

    Um americano pode levar presentes para cubanos, mas apenas até o limite de US$ 200 por mês. Só pode alimentos, roupas, produtos hospitalares ou equipamento de pesca.

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    LIBERADO

    MATERIAL CULTURAL, COMIDA E REMÉDIOS

    Em 2007, o comércio dos itens permitidos movimentou cerca de US$ 600 milhões.

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