Cura Espiritual – Tratamento de fé
Para os cientistas, as sessões de cura espiritual têm mais chance de surtir resultado em algumas doenças do que em outras:
A SESSÃO PODE INFLUIR POSITIVAMENTE NA CURA
1. DOR CRÔNICA
É possível que, durante a sessão, o paciente passe por uma espécie de transe, o que aumenta as concentrações sanguíneas de endorfina – um analgésico natural. Ou ele pode ficar hipnotizado, tirando o foco de sua atenção da dor. Por isso, é bem provável que a sessão alivie dores, mesmo que temporariamente.
2. TPM E MENOPAUSA
Estudos mostram que a concentração alcançada durante sessões de oração, meditação ou cura espírita pode reduzir em até 59% os sintomas da TPM e refrear as violentas ondas de calores da menopausa.
3. CIRROSE
Há relatos de cura de cirrose em seções espíritas. Para os cientistas, a explicação é que os pacientes se sensibilizam pelos rituais e conselhos do médium e finalmente param de beber. Ou seja, o crente teria mais confiança na orientação do guia espiritual do que na de um médico tradicional.
NÃO HÁ RELAÇÃO ENTRE A SESSÃO E A POSSÍVEL CURA
4. DOENÇAS CARDÍACAS
Num estudo, 700 pacientes submetidos a angioplastia foram divididos em dois grupos. Para um deles foram “encomendadas” preces a rabinos, padres, pastores etc. Para o outro, quem rezava eram apenas os próprios pacientes, seus amigos e familiares. Depois de um tempo, as mortes e ataques cardíacos foram iguais para ambos os grupos.
5. DEFICIÊNCIA FÍSICA
A cena é comum em cultos evangélicos na TV: depois da sessão, o fiel que era paraplégico levanta da cadeira de rodas e, literalmente, corre para o abraço. Mas nenhum estudo aponta influência das curas espirituais sobre lesões na medula.
6. CÂNCER E DOENÇAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
A sensação de proteção atribuída à fé pode estimular a produção de linfócitos T, que ajudam o corpo a reagir a tratamentos agressivos, como a quimioterapia. Ou seja, as sessões espirituais podem melhorar a qualidade de vida do doente de câncer ou aids, mas não há indícios de influência na chance de cura.
RECEITUÁRIO MÉDICO
Pesquisadores acreditam que a chamada cura espiritual depende menos da competência dos doutores – não importa a religião deles – e mais da fé do paciente. Sabe-se que a espiritualidade está ligada à qualidade de vida e, portanto, à saúde. Mas mesmo os guias espirituais costumam concordar que o melhor é associar a ajudinha dos céus aos métodos tradicionais de tratamento.
FEITO EM CASA
Religiosidade é saudável mesmo para quem não procura rituais de cura:
ALEGRIA, ALEGRIA
Pessoas que sofrem de depressão e possuem fé têm 75% mais chances de se recuperar do que os deprimidos céticos.
SEM PRESSÃO
Tanto a meditação como a repetição de orações podem reduzir a pressão arterial e os ritmos respiratório e cardíaco. Um estudo com 3 963 pessoas revelou que hábitos espirituais podem reduzir em até 40% as chances de desenvolver hipertensão.
VIDA LONGA
Um estudo de revisão de pesquisas realizadas nas Universidades de Iowa, Stanford e Duke mostrou que quem tem vida religiosa ativa vive, em média, 29% mais do que as pessoas que não creem em nada.
Cura pelo correio Um exemplo de cura espiritual na Igreja Católica é a distribuição das pílulas de Frei Galvão (1739-1822), o primeiro santo brasileiro. Os fiéis recebem os comprimidos de papel no Mosteiro da Luz, em São Paulo, ou mesmo pelo correio. Um dos milagres atribuídos a esse método aconteceu em 1999, quando Sandra Grossi de Almeida, que tinha uma anomalia no útero, conseguiu levar adiante uma gravidez após sofrer três abortos espontâneos. Ela passou toda a gestação de risco tomando as pílulas de papel. E o bebê nasceu – com graves problemas respiratórios, mas que logo foram superados.