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Deu a louca no Islã

Quer transar? Só se for de roupa. Você é mulher e pretende trabalhar com homens? Só se der de mamar a eles. Veja as fatwas insanas que assolam o islamismo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h20 - Publicado em 31 jan 2008, 22h00

Texto Rodrigo Rezende

Quem determina as leis religiosas do islã são sacerdotes e intelectuais muçulmanos de cada país ou região, já que não há um líder central. Eles julgam se a lei terrena, ou fatwa, está de acordo com a vontade de Alá. E, se for o caso, elaboram leis novas, que reflitam melhor os textos do Alcorão, seu livro sagrado. Só que às vezes eles se desentendem. E propõem fatwas sem pé nem cabeça. Confira.

Alá, eu quero mamar

Logo que descobriu um ensinamento do profeta Maomé, o professor Ezzat Atiya, da Universidade al-Azhar, no Egito, ficou feliz. Lá estava a solução para acabar com a proibição religiosa de homens e mulheres trabalharem juntos. O ensinamento dizia que, se uma moça der de mamar a uma criança qualquer, surge um laço de parentesco entre os dois. Então basta a mulher dar de mamar a seu colega de trabalho que eles podem trabalhar juntos. Maravilha de fatwa, não? Só na cabeça dele, que, ao propô-la no ano passado, foi espinafrado em talk shows e no Parlamento. E suspenso da universidade.

A onda é namorar vestido

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Quer anular seu casamento? Simples: tire a roupa na hora de fazer sexo. Foi o que afirmou, em janeiro de 2006, o mestre de lei islâmica Rashad Hassan Khalil, também da Universidade al-Azhar. Achou absurda a fatwa de Khalil? Os colegas liberais dele também acharam. Segundo eles, vale tudo no casamento, exceto a sodomia. Como a discordância entre liberais e conservadores sobre a permissão para tirar a roupa causou um qüiproquó, o estudioso Abdullah Megawar propôs uma solução. Todo mundo pode transar pelado, mas só debaixo do cobertor. Ah, e sem olhar para os genitais do parceiro.

Revolta da vacina reloaded

Se você pensa que ódio às vacinas é coisa do século passado, nunca conversou com os mulás da zona rural do Paquistão. Esses líderes religiosos consideram a vacina contra poliomielite pura invenção dos povos ocidentais, um mero truque para esterilizar os discípulos de Maomé. Foi por isso que propuseram, em fevereiro de 2007, uma fatwa que proíbe a vacinação de todos os filhos de Alá. A medida já tinha sido colocada em prática na Nigéria em 2005, também por motivos religiosos. Resultado: lá, a poliomielite se espalhou para 12 países em menos de 18 meses.

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