Dinossauro amplificador de som. A voz do Pavarotti pré-histórico
Cientistas americanos descobrem que um incrível dinossauro usava a crista para cantar.
Se Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini tivessem composto suas grandes óperas cerca de 75 milhões de anos atrás, por certo teriam um bom intérprete entre os dinossauros: o Parasaurolophus. Pelo menos é o que acreditam Robert Sullivan, do Museu do Estado da Pensilvânia, e Thomas Williamson, do Museu de História Natural do Novo México, ambos nos Estados Unidos. Analisando um dos fósseis mais completos que se conhece, eles descobriram que a crista do animal funcionava como um amplificador de som. Era oca e dividida em nove compartimentos, interligados como num instrumento de sopro. “É difícil imaginar o ar passando por ali sem produzir som”, disse Williamson à SUPER. Agora, engenheiros estão tentando reconstruir em computador o timbre da voz do dinossauro cantor.
Canto do passado
O Parasaurolophus era um herbívoro de cerca de 10 metros de comprimento que pesava até 3 toneladas. Diferentes espécies habitaram a América do Norte e a Ásia há 75 milhões de anos. A crista, de 1,5 metro de comprimento a partir do focinho, era oca. O ar que circulava pelas nove câmaras internas devia produzir um tom grave.