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E se… não houvesse exploração espacial?

Graças a esses objetos, a comunicação chegou a locais que antes eram isolados, nosso conhecimento do Universo deu um salto estratosférico e a previsão do tempo ficou mais confiável.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h20 - Publicado em 30 abr 2007, 22h00

Texto Débora Pivotto

Ok, o russo Yuri Gagarin não diria que a Terra é azul e os americanos deixariam de fincar sua bandeira na Lua. Acontece que as viagens tripuladas ao espaço mudaram pouca coisa importante na vida de gente como nós, que só voamos baixinho – e quando o vôo não é cancelado. Mais importante do que a ida de mais de 400 astronautas ao espaço foi o envio de equipamentos como satélites, sondas e telescópios em naves sem tripulação.

Graças a esses objetos, a comunicação chegou a locais que antes eram isolados, nosso conhecimento do Universo deu um salto estratosférico e a previsão do tempo ficou mais confiável. Além disso, a tecnologia espacial gerou grandes avanços na medicina e em coisas cotidianas. “Produtos destinados às naves espaciais, como metais mais leves e resistentes ao calor extremo, estão presentes em objetos de uso doméstico”, diz Rundsthen Vasques de Nader, astrônomo da UFRJ. Pense nisso cada vez que for pôr um bolo no forno.

Como nos tempos da vovó

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CIÊNCIA

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Com a tecnologia que temos hoje, os telescópios terrestres alcançariam qualquer distância e não teriam limitação de peso ou tamanho (como ocorre com os enviados ao espaço). Porém, áreas invisíveis do nosso ponto de observação (como a face oculta da lua) continuariam desconhecidas. Além disso, as lentes instaladas na superfície terrestre não captam algumas freqüências de radiação que são filtradas pela atmosfera. O trabalho de telescópios espaciais, como o Hubble, não sofre essa distorção.

PREVISÃO DO TEMPO

“Sem os satélites meteorológicos, a previsão máxima seria de 36 horas, com chance de acerto de 70%”, diz o meteorologista Marcelo Seluchi, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec). Áreas de difícil acesso, como partes da Amazônia, seriam “buracos negros” nessas previsões. Os satélites permitiram a previsão de até uma semana com confiabilidade de 70% e a de 24 horas passou a ter mais de 95% de acerto. Além disso, com sucessivas imagens enviadas por satélites, é possível prever o comportamento do tempo, durante um dia, a cada 15 minutos.

TELECOMUNICAÇÕES

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Ainda hoje, mais de 1 500 cidades no Brasil são isoladas a ponto de depender de satélites para se comunicar. Esses locais não teriam acesso à telefonia e à programação de TV – a não ser que fosse instalado um número absurdo de antenas de retransmissão de sinais ou que fossem estendidos gigantescos cabos que ligassem essas áreas até o centro mais próximo, o que seria de custo proibitivo. “A alternativa mais viável nessas regiões ainda seria o radioamador”, diz o engenheiro Antônio Fischer de Toledo, da USP.

OUTRAS COISAS

A tecnologia desenvolvida pela Nasa para melhorar digitalmente fotos da Lua foi aplicada à ressonância magnética até evoluir para as tomografias computadorizadas. A espuma que toma forma do corpo que a pressiona, desenvolvida para absorver o impacto da gravidade sobre os astronautas durante a decolagem, hoje é encontrada em travesseiros e colchões. A asa flexível desenvolvida para substituir o pára-quedas no direcionamento de cápsulas espaciais de volta à Terra não serviu para o propósito inicial, mas originou um esporte popular: a asa-delta.

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