Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Gatos eram vikings

Não, não é o contrário: gatos já estiveram entre os guerreiros lendários. É o que diz o maior estudo genético de fósseis felinos até agora.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 23 set 2016, 20h15

Embora a ciência tenha quase toda a história dos cachorros muito bem mapeada, a dos gatos ainda é um grande mistério: até agora, o que se sabia era que eles conviveram com os egípcios, mas ninguém nunca tinha estudado a fundo a trajetória dos bichanos. Essa semana, tudo mudou quando o primeiro grande estudo genético sobre felinos do passado foi publicado – e trouxe algumas surpresas. Para começar: os vikings tinham gatos.

O estudo é da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e analisou os DNAs dos fósseis de 209 gatos que viveram entre 15 mil e 3.700 anos atrás – todos encontrados em várias partes do mundo, em sítios arqueológicos da Europa, do Oriente Médio e da África. Alguns foram achados em tumbas do Egito antigo, de cerca de 9.500 anos; outros, em cemitérios no Chipre. Mas alguns dos ossos foram descobertos em um antigo acampamento viking na Alemanha – é, eles já eram pets populares assim há muito, muito tempo. 

LEIA: Como os gatos veem o mundo

Analisando o genoma dos gatinhos, os cientistas reconstruíram boa parte da história deles. É mais ou menos assim: tudo começou no Oriente Médio, há cerca de 12 mil anos, junto com o início da agricultura. Nessa época, gatos selvagens ancestrais dos bichanos atuais teriam começado a se aproximar de plantações, atraídos pelos ratos que estavam atrás dos grãos das colheitas. Os fazendeiros, claro, encorajavam a presença dos gatos – afinal, além de fofos, eles acabavam com a praga que eram os ratos. 

Com o tempo, esses animais selvagens foram domesticados e passaram a ser levados em navios de mercadores que navegavam pelo Mediterrâneo, também para acabar com roedores. Quando as embarcações aportavam, os gatos saíam para terra firme, se espalhavam e acabavam cruzando com outras espécies de felinos locais, por vezes selvagens. O resultado? A cada geração, filhotes menores e menos agressivos.

Continua após a publicidade

LEIA: Gatos, miau!

Milhares de anos depois, com os vikings, os gatos – já muito parecidos com os de hoje em dia – teriam a mesma tarefa: matar ratos a bordo dos navios de guerra, além de servir de companheiros dos soldados durante as longas e tediosas viagens. Esses gatos já eram uma espécie completamente diferente daquela inicial, e continuaram com o mesmo DNA de lá para cá. E olha que estamos falando do século 8 aqui – isso mesmo: seu gato tem o DNA dos vikings (ou, pelo menos, dos gatos vikings).

O legal é que realmente dá para ligar a presença dos gatos a antigas lendas nórdicas: Freja, a deusa nórdica do amor, tinha uma carruagem puxada por dois gatos; enquanto isso, Utgard tinha um gato gigante – que, na verdade, era uma serpente, mas já deu pra entender.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.