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Loucuras eleitorais

A obra traz um monte de curiosidades sobre a história das votações.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h24 - Publicado em 31 ago 2002, 22h00

Rafael Kenski

Hoje, o Brasil se orgulha de ter um dos sistemas de votação mais eficientes do mundo, contando até com urna eletrônica. Nem sempre foi assim. Nos 180 anos desde a independência, as regras eleitorais mudaram quase tantas vezes quanto os governantes. “Poucos países têm uma história eleitoral tão rica quanto a do Brasil”, diz o cientista político Jairo Nicolau no recém-lançado livro História do Voto no Brasil (Jorge Zahar). A obra traz um monte de curiosidades sobre a história das votações:

• Entre 1824 e 1880, o voto para cargos legislativos era indireto. Os “votantes” escolhiam os “eleitores”, que elegiam senadores, deputados e vereadores.

• A eleição era realizada na igreja matriz da paróquia, logo depois da missa.

• Não havia candidatos. Os votantes traziam de casa um pedaço de papel com o nome, a profissão e o endereço de qualquer pessoa de que gostassem. Em algumas ocasiões, essas cédulas vinham prontas em jornais ou eram entregues por cabos eleitorais na porta da igreja.

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• O alistamento acontecia no dia da eleição, quando uma junta fazia a listagem de todos os cidadãos aptos para votar. Era comum o mesmo eleitor votar cinco ou seis vezes em paróquias diferentes.

• Uma pessoa podia votar por outra.

• Até 1889, ano da Proclamação da República, era preciso ter uma renda mínima para votar. Mas só em 1875 tornou-se necessário comprová-la. Foi nesse ano que se instituiu o título de eleitor.

• A pessoa precisava assinar o próprio nome na cédula. Se não conseguisse, outras pessoas assinavam por ela. Em 1889, o voto foi proibido para os analfabetos. Só em 1985 isso mudou.

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• Os eleitores votavam no número de representantes a que cada paróquia tinha direito. Se ela elegia sete deputados, então cada eleitor escolhia sete pessoas. Em 1904, tornou-se possível votar até quatro vezes no mesmo candidato.

• Também em 1904, determinou-se que o eleitor preenchesse duas cédulas: uma ia para a urna e outra ficava com ele, para que pudesse provar em quem votou.

• O Brasil deu voto às mulheres em 1932 – 12 anos antes da França e 32 anos antes de Portugal.

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