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O mundo sobre rodas

O automóvel se multiplicou tanto que passou de solução a problema.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h11 - Publicado em 30 set 1987, 22h00

Spensy Pimentel

Durante milênios, o ritmo das cidades foi ditado pelos passos humanos ou dos animais usados para transporte, como o cavalo. Até que, em 1908, o industrial americano Henry Ford (1863-1947) deu início à produção em série do automóvel e transformou a maneira de o homem locomover-se. O carro é confortável, útil e até sedutor. O que atrapalha é a quantidade. Nas últimas décadas, ele se multiplicou numa escala tão grande que passou de solução a problema. Em 1950, havia 50 milhões de automóveis no mundo. Hoje, são 600 milhões – um para cada dez pessoas. O resultado são os congestionamentos. Na Grande São Paulo, onde existem 6 milhões de carros, uma pesquisa do Metrô estimou em 2 horas e meia o tempo médio que se gasta para ir e voltar do trabalho.

Os automóveis ocupam muito espaço e carregam pouca gente. E, pior, agridem o meio ambiente. Hoje, 90% da poluição do ar nas grandes cidades sai dos escapamentos. Durante vinte anos de rodagem, um carro lança cerca de 35 toneladas de carbono na atmosfera – o que provoca a revolta dos urbanistas, sempre à procura de uma alternativa convincente. “A cidade do futuro será viável apenas se for dada prioridade ao transporte coletivo”, diz o engenheiro Eduardo Vasconcellos, da Associação Nacional de Transportes Públicos, em São Paulo. Ele propõe, como remédio para o caos do trânsito, um sistema que combine a melhoria da rede de ônibus e de metrô com a restrição do uso do automóvel por meio de taxas, pedágios e multas. Várias cidades da Europa e da Ásia já aplicam essa estratégia, que inclui a proibição do tráfego nas áreas centrais. O futuro do automóvel é um dos desafios do novo século.

Quem sabe é super

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Nos Estados Unidos há mais de 1 carro para cada 2 pessoas. Na África, a proporção é de 1 para 71 habitantes.

O exemplo de Curitiba

A fama internacional do transporte público de Curitiba é a prova de que o planejamento pode resolver os problemas de trânsito. Tudo começou em 1965, quando se decidiu criar cinco avenidas no centro da cidade e instalar nelas corredores de ônibus. Grandes prédios residenciais foram construídos ao longo dessas vias. Mais tarde, outras inovações aperfeiçoaram o projeto. Entre elas estão os ônibus articulados, com capacidade duas ou três vezes superior à dos comuns, e os expressos, em que a passagem é paga antes de entrar no veículo, em estações como a da foto. A idéia deu tão certo que passou a ser copiada por cidades do mundo inteiro.

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