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Pingente encontrado na Dinamarca é referência mais antiga ao deus Odin

Os símbolos gravados no medalhão, do século 5º, são um sinal de que as divindades nórdicas eram reverenciadas mais cedo do que se pensava.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 13 mar 2023, 19h22 - Publicado em 9 mar 2023, 19h02

Em um disco de ouro dinamarquês está uma antiga inscrição identificada por cientistas como a mais antiga referência a Odin. Ela representa a primeira evidência substancial de que o deus nórdico já era adorado há mais de 1,5 mil anos.

Descoberto em 2020, o disco fazia parte de um montante de 1 kg de ouro, com grandes medalhões do tamanho de pires e moedas romanas transformadas em joias. O tesouro foi enterrado no século 5º, provavelmente para escondê-lo de inimigos ou como uma oferenda aos deuses. No meio das riquezas, havia uma  bracteata de ouro – um tipo de medalha ornamental com um dos lados gravados – que dizia: “Ele é o homem de Odin”.

Odin era uma das principais figuras da mitologia nórdica. Considerado pelos vikings o criador do Universo, ele era o chefe do clã dos deuses guerreiros e também um vidente. Seus adoradores o enchiam de pedidos, pois acreditavam que ele fosse capaz não só de enxergar o passado e prever o futuro, como de alterar o destino dos homens. 

“É uma das inscrições rúnicas mais bem executadas que já vi”, afirma Lisbeth Imer, runologista do Museu Nacional de Copenhague. As runas nada mais são do que símbolos usados na comunicação das primeiras tribos do norte da Europa – a sua descoberta também é atribuída a Odin.

Krister Vasshus, especialista em línguas antigas, afirma que toda inscrição rúnica é vital para entendermos o passado, especialmente desse tipo, considerado extremamente raro. “Quando uma inscrição assim aparece, em si já é incrível”, disse Vasshus. “Isso nos dá algumas informações bastante interessantes sobre a religião antiga, e também nos diz algo sobre a sociedade no passado.”

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Os nórdicos eram politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses. Cada um deles tinha suas características, atributos, fraquezas e deveres próprios. Com base em sagas e pedras rúnicas, a história desses deuses foi sendo desvendada, sugerindo que eles possuíam muitos traços humanos.

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