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Quais são as funções do Rei da Inglaterra?

Charles III vai assumir o trono britânico. Mas, e aí? Entenda por que, desde o século 17, os deveres reais por lá não costumam passar de meras formalidades

Por Leo Caparroz
Atualizado em 9 set 2022, 21h03 - Publicado em 9 set 2022, 20h53
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  • Com a morte da rainha Elizabeth II após 70 anos de reinado, o Reino Unido aguarda detalhes sobre a cerimônia de coroação de seu filho, o príncipe Charles, (agora, Charles III), que deve acontecer em até um ano. Aos 73 anos, ele será o monarca mais velho a assumir o trono.

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    Mas não se engane: apesar da vida luxuosa, da exposição midiática e dos títulos de nobreza, a coisa que a Família Real britânica menos faz é governar.

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    Que rei sou eu?

    É complicado definir qual foi o último monarca que exerceu de fato qualquer função política no governo inglês. James II, que reinou de 1685 a 1688, foi o último a tentar reunir os poderes para si (e acabou deposto depois de uma trama do Parlamento).

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    A queda de James II e a vitória do parlamento ante à coroa fazem parte do movimento conhecido como Revolução Gloriosa. No ano seguinte, em 1689, a Declaração dos Direitos (Bill of Rights) delimitou a influência real no parlamento, impedindo, por exemplo, qualquer interferência nas eleições.

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    Assim funciona até hoje. A monarquia britânica é uma monarquia constitucional. Isso significa que, embora o rei seja por definição chefe de Estado, o poder para redigir e aprovar leis está nas mãos do Parlamento. O monarca inglês é politicamente neutro.

    O chefe do governo britânico é o primeiro-ministro, cargo atualmente ocupado por Liz Truss, do Partido Conservador. Ele é escolhido pelos parlamentares do partido vencedor das eleições. O rei, aliás, é quem o “autoriza” a governar. Um gesto apenas protocolar, claro.

    As funções reais

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    Os poderes do monarca são apenas simbólicos e cerimoniais, mas ele ainda é relevante para a nação. Quem defende a manutenção da monarquia argumenta que a figura do rei (ou da rainha) cria uma identidade nacional e sentimento de unidade, além de ajudar a expressar estabilidade e continuidade no governo britânico.

    Essa representação não é restrita ao Reino Unido: o monarca é chefe da Commonwealth, uma associação de 56 países independentes e 2,4 bilhões de pessoas. Para 14 desses países (os reinos da Commonwealth, como Jamaica, Canadá e Austrália), o rei também é o chefe de Estado.

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    A descrição do cargo de Charles será a mesma que a de Elizabeth. Ele vai assinar leis, abrir e dissolver o Parlamento na época das eleições e receber chefes de Estado e embaixadores estrangeiros. Vale reforçar: tudo não passa de mera formalidade.

    E agora, Charles?

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    Com a coroação, a imagem de Charles vai substituir a da mãe em novos selos e notas do Banco da Inglaterra. Além disso, o texto dos novos passaportes britânicos será atualizado para “His Majesty” (“Sua Majestade, no masculino”), e o hino nacional vai mudar para “God Save The King”, “Deus Salve o Rei”.

    A família real contribui com US$ 2,7 bilhões para a economia britânica. Segundo a revista Forbes, o dinheiro vem, basicamente, do turismo. Todos os anos, milhares de pessoas visitam o Palácio de Buckingham e outros endereços da realeza. São turistas ávidos por tentar conseguir um vislumbre dos membros da família que aparecem diariamente em tabloides, jornais – e na série The Crown. Resta saber se Charles será um imã cultural tão grande quanto sua mãe foi.

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