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Rosto do faraó Ramsés II é reconstruído digitalmente

Mais de 3 mil anos depois de sua morte, sabemos como era o rosto de um dos maiores faraós do Império Egípcio. Entenda o processo.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 27 jan 2023, 07h49 - Publicado em 24 jan 2023, 18h32

Ramsés II é considerado um dos faraós mais celebrados e mais poderosos do Império Egípcio, o período em que o Egito antigo estava no ápice de sua glória. Também conhecido como Ramsés, o Grande, viveu por 90 anos e reinou por 67, de 1279 a.C. até sua morte em 1213 a.C, sendo o segundo maior reinado da história egípcia. O faraó também é referenciado no livro de Êxodo e em várias produções audiovisuais sobre o Egito antigo, como no filme O Príncipe do Egito (1998).

Sua múmia (descoberta em 1881 e que agora está no Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo) mostra um homem de nariz adunco e mandíbula forte, com cerca de 1,7 metros de altura. A partir dela, um grupo de pesquisadores buscou criar uma visualização digital de seu rosto. Juntando tomografias computadorizadas, fotografias da múmia e dados históricos, os cientistas construíram a aparência de uma das figuras mais conhecidas do antigo Egito.

“Quando olhamos para um crânio pela primeira vez, inicialmente procuramos os detalhes característicos mais visíveis”, conta Caroline Wilkinson, antropóloga forense e líder do Face Lab na Liverpool John Moores University, no Reino Unido. “Por exemplo, Ramsés II tem um osso nasal muito largo. Ele fica entre os olhos e é muito alto e muito pronunciado.”

Múmia de Ramessés II.
A múmia de Ramsés II, agora no Museu Nacional da Civilização Egípcia. (Domínio Público/Wikimedia Commons)

Depois que os pesquisadores determinaram a estrutura facial geral, eles inseriram as informações em um software também usado para reconstruções criminais.

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O resultado é um homem velho com rosto comprido, nariz aquilino largo, olhos bem espaçados, sobrancelhas grisalhas grossas e boca larga com lábio superior fino.

Depois de moldar o rosto, faltava dar cor à pele e cabelos. O tom de pele foi decidido baseado no que se acredita ser comum no Egito na época. Já a cor do cabelo foi baseada em estudos microscópicos de suas mechas, que sugerem que Ramsés II era ruivo.

Reconstrução do rosto de Ramessés II mais velho.
A reconstrução inicial feita pelos cientistas, mostrando o rosto de Ramses II próximo de como estava em sua morte. (The Face Lab at Liverpool John Moores University/Divulgação)

Não contentes com a versão que conseguiram, a equipe se dispôs a rejuvenescer o faraó. Como ele foi mumificado aos noventa anos de idade, seu rosto foi congelado com as feições e estruturas de uma pessoa mais velha; sendo assim, os pesquisadores criaram uma versão mais jovem: um Ramsés II de meia-idade no auge de seu reinado.

“O processo de reconstrução facial retrata o rosto apenas na morte, pois o crânio e o rosto continuam a mudar ao longo da vida adulta”, afirma Wilkinson. “No entanto, sabemos como os crânios e rostos envelhecem, e é possível prever como uma pessoa parecia em uma idade mais jovem, removendo algumas das alterações esqueléticas e dos tecidos moles associadas à velhice, como rugas, nariz e orelhas caídas, papada e perda de dentes.”

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Reconstrução do rosto de Ramessés II.
Os pesquisadores foram além e refizeram seu modelo suavizando características da idade para recriar o rosto de um Ramsés II mais jovem. (The Face Lab at Liverpool John Moores University/Divulgação)

Embora não seja possível saber com exatidão se a reconstrução dos cientistas é fiel à aparência de Ramsés II, os pesquisadores estão otimistas. “Estamos muito bem; estamos bastante confiantes em prever a forma a partir dos detalhes do esqueleto”, afirma Wilkinson.

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