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Cientistas recriam perfume usado por Cleópatra. Saiba qual cheiro ele tinha

Para montar a receita da fragrância, estudo analisou resíduos de uma fábrica de perfumes egípcia de 2,3 mil anos, além de antigos escritos gregos e romanos.

Por Luisa Costa
Atualizado em 26 jul 2022, 13h46 - Publicado em 24 Maio 2022, 18h38

Ruínas, ferramentas, ornamentos, documentos. São achados desse tipo que geralmente orientam arqueólogos no estudo de sociedades antigas. Mas, recentemente, alguns pesquisadores passaram a se dedicar também a coisas intangíveis – como cheiros.

Nesse tipo de trabalho, os cientistas buscam identificar moléculas de substâncias aromáticas preservadas em objetos antigos. E não só: às vezes, tentam também reconstruir alguns desses cheiros.

É o caso da equipe liderada por Robert Littman e Jay Silverstein, arqueólogos da Universidade do Havaí, que afirmam ter descoberto qual era o perfume usado por Cleópatra. A última rainha do Antigo Egito, que esteve no poder entre 51 a.C. e 30 a.C., provavelmente recorria a uma fragrância popular entre a elite egípcia: o perfume mendesiano, fabricado na antiga cidade de Mendes.

Em 2021, escavações em Thmouis, nos arredores de Mendes, descobriram os restos do que seria uma fábrica de perfumes de 2,3 mil anos, com fornos e recipientes feitos de argila que continham resíduos das fragrâncias. Neste lugar, acredita-se, eram produzidos perfumes que ficaram famosos em todo o Mediterrâneo.

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Os pesquisadores estudaram a composição química dos resíduos nos frascos e consultaram escritos antigos, gregos e romanos, que indicariam a receita do perfume mendesiano. As tentativas de recriar a fragrância incluíram ingredientes como óleo de tâmara, mirra, canela e resina de pinheiro.

Segundo os cientistas, a base para os perfumes e unguentos egípcios não era álcool, mas sim óleo vegetal ou gordura animal. Os fabricantes obtinham os aromas a partir da fumaça da queima de resinas, cascas e ervas, ou da maceração de flores, especiarias e madeira.

Em estudo publicado na revista Near Eastern Archaeology, a equipe de Littman e Silverstein explica como alcançou um perfume que seria próximo ao mendesiano, apelidado “Eau de Cleopatra”. Ele seria uma mistura forte, mas agradável e adocicada, produzido a partir de mirra e canela. O aroma famoso entre membros da elite também seria duradouro (qualidade associada aos perfumes egípcios), permanecendo potente por cerca de dois anos.

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