Susto arqueológico
Foram descobertos na Itália fragmentos de quinze estátuas de bronze datadas entre os séculos IV a.C. e III d.C. Entre elas a de um filósofo, provavelmente Sócrates ou Platão, e o rosto de Caracalla, imperador romano no século II d.C.
Acostumado a mergulhar nas águas de Brindisi, costa leste da Itália, o policial italiano Luigi Robusta levou um dos maiores sustos de sua vida, em julho passado, quando deparou com um pé humano há quinze metros de profundidade. Mas o que tinha tudo para ser assunto policial se revelou um grande achado arqueológico. O pé, no caso, era de bronze e deu início à descoberta de fragmentos de quinze estátuas, datadas entre os séculos IV a.C. e III d.C.. Segundo Claudio Carpano, diretor do Serviço Italiano de Arqueologia Submarina, “um achado espetacular”, que está quebrando a cabeça dos cientistas com seus mistérios. Como não há vestígios de embarcação e as estátuas têm idades e origens distintas – entre elas a de um filósofo grego, provavelmente Sócrates ou Platão, feita no século III a.C., e o rosto de Caracalla, imperador romano no século II d.C. –, a idéia é que se trata de butim de guerra. Ao que tudo indica, as obras foram quebradas antes de ir ao fundo com um objetivo inglório: seriam fundidas para fazer armas. Resta saber por quem.