Ao criar a vela, a humanidade foi, literalmente, tirada das trevas. Antes da invenção da lâmpada, eram as velas que iluminavam todas as residências, dos palácios aos casebres de várias partes do mundo. Foi à luz de velas que grandes escritores fizeram seus livros, que cientistas elaboraram teorias geniais, que exímios músicos encantavam platéias séculos atrás.
A vela não foi criada por uma pessoa, em um lugar específico. Foi, isso sim, produto de muitas mentes e épocas. Ao longo da história, teve inúmeros formatos. Antigamente eram feitas de gordura de animais envolta em tecidos ou fibras vegetais. No Egito, pequenos pavios de tecido mergulhados em óleos eram muito comuns. No século 13, na França, perpetuou-se a tradição de receber artesãos que viajavam de casa em casa confeccionando velas feitas de gordura de baleia. Já entre os romanos era usada cera de abelha.
Na segunda metade do século 18, a companhia de gás de Londres introduziu o espermacete na iluminação pública. A substância tinha combustão mais lenta e gerava menos custos à administração da cidade. A parafina, de que são compostas as velas modernas, só apareceu em 1854. Atualmente ão usadas estearina e parafina ou misturas dessas substâncias derivadas do petróleo.