Mar do Golfo ainda está para peixe
Estudos mostram que a quantidade de petróleo derramado no mar do Golfo durante a guerra não afetou tanto a vida dos peixes da região.
Os danos causados pelos milhões de barris de petróleo jogados no Golfo Pérsico durante a guerra estão surpreendendo os cientistas. Por um lado, esperavam-se mais estragos entre os peixes, que deveriam acumular o material poluidor em seus corpos com o passar do tempo. “Nenhuma das espécies examinadas revelou aumento de contaminação”, diz Scott Fowler, especialista em meio ambiente marinho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Os estudos feitos pela AIEA também mostraram que a auto-limpeza promovida pelas águas quentes do Golfo é mais dinâmica do que se pensava. Existem pontos onde, inexplicavelmente, o mar está menos poluído que antes da guerra. Em compensação, o camarão praticamente desapareceu. Os barcos de pesca não têm conseguido pescar mais que 1% do ·que tiravam das águas há dois anos. As andorinhas-de-papo-branco, que se alimentam exclusivamente de anchovas, também sumiram. Com o sumiço do peixe – fato ainda pouco estudado -, elas morreram de fome.