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Pitágoras: “O princípio de tudo é o número”

Ele criou um teorema para calcular as medidas de triângulos. Mas sua influência vai muito além disso

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 jul 2019, 12h34 - Publicado em 16 out 2015, 20h45

Quando Pitágoras descobriu que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos, seus discípulos consideraram a descoberta uma revelação divina. Ele próprio acreditava que sua conclusão não havia surgido do pensamento lógico, mas de uma iluminação. Filósofo e matemático, Pitágoras também era considerado um líder espiritual. Talvez sua beleza tenha ajudado na fama. Pitágoras, conta-se, era lindo de morrer. Seus discípulos desconfiavam que ele era, na verdade, o deus Apolo. Certo dia, segundo reza a lenda, alguns que o viram nu disseram que sua coxa era feita de ouro.

Aos 40 anos, o filósofo-matemático saiu da cidade natal na Ilha de Samos e foi para Crotona, na Itália, onde fundou uma seita. Os alunos da escola pitagórica, cerca de 300, viviam em comunidade e passavam os dias estudando as teorias do filósofo. A imposição de rituais estranhos, como o que proibia morder um pão inteiro ou alisar a marca do corpo deixada no lençol ao levantar da cama, leva a crer que Pitágoras também teria traços de um obsessivo-compulsivo.

Ele se achava. Dizia que ficara 200 anos no inferno antes de chegar aos homens, em uma longa preparação para chegar ao reino dos mortais. Suas teses tinham valor de dogmas — poucos tinham permissão para questioná-lo. Sua principal teoria era baseada nos números. Enquanto os filósofos de Mileto acreditavam que a causa de tudo era um elemento físico ou o infinito de Anaximandro, o pensador defendia que os números eram o motivo e o princípio de tudo. Até o cosmos poderia ser quantificado de acordo com a teoria pitagórica. Mas os números de Pitágoras eram diferentes dos nossos algarismos. Não eram abstratos e ocupavam uma dimensão espacial, em formas de quadrados e triângulos. Outra ideia badalada do pensador foi a da”música cósmica”. Para Pitágoras, os astros tocavam uma melodia perfeita e divina durante seu movimento. Mortais não seriam capazes de ouvir a tal canção porque os sons contínuos passam despercebidos pelos nossos sentidos.

A seita pitagórica não teve um final feliz. Cidadãos de Crotona se revoltaram contra a comunidade, considerada uma panelinha aristocrática. Os revoltosos mataram seguidores de Pitágoras, que fugiu da cidade e se refugiou em Metaponto, onde morreu pouco tempo depois. Após sua morte, os discípulos criaram novos centros para difundir a seita e as teorias. O mestre não deixou nada escrito. Tudo o que se sabe de suas doutrinas só ganhou visibilidade com os livros do pitagórico Filolau, os quais Platão comprou sob encomenda.

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