Apaga sim. E como: já no primeiro dia do revezamento da chama olímpica no Brasil, em maio, ela apagou, apesar de projetada para ser o melhor isqueiro do mundo, pronto para aguentar chuva, ventania e o que mais vier.
Mas a ideia de fogo eterno (ou quase) tem um fundo simbólico. A chama é acesa no santuário de Olímpia, na Grécia. Mas não vai só para a tocha. Também é passada para um tipo de lampião, que tem combustível para queimar por 15 horas. Quando o gás está para acabar, uma lanterna igual é acesa com a mesma chama. No total, quatro desses lampiões entram no processo para carregar o fogo olímpico. E eles viajam o mundo todo para ficar reacendendo a tocha. Ou melhor: as tochas, já que só desta vez foram produzidas cerca de 12 mil.
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Assim, por mais que elas tenham andado de mão em mão e apagado de vez em quando, o fogo que chega ao Estádio Olímpico é o mesmo que fora aceso no santuário por uma atriz vestida de sacerdotisa. Quimicamente, porém, isso não faz sentido: o que determina a característica do fogo é o combustível. Coisa que é substituída o tempo todo. Mas quem liga? O que importa é o simbolismo. Na Grécia Antiga, uma tocha viajava para anunciar que os Jogos estavam chegando e as guerras deveriam cessar. A ideia ressuscitou na Olimpíada de 1928