Basta um só, desde que seja um grande tronco de árvore. Assim se faz a chamada piroga, utilizada no continente americano muito antes da chegada de Colombo. A tradicional técnica indígena consiste em escavar o tronco – geralmente utilizando fogo – até seu interior comportar uma ou mais pessoas. Outro modelo primitivo, o caiaque dos esquimós, nem madeira usa: apenas ossos de baleia, formando uma estrutura coberta com pele de foca. Já as canoas modernas são feitas com dezenas de tábuas de tamanhos diferentes. Mas, se a origem dessa embarcação se perde na história, a expressão que costuma ser dita em tom de ameaça – “Vou te mostrar com quantos paus se faz uma canoa!” – é relativamente recente. “Acredita-se que a frase original, utilizada em áreas rurais do Brasil, falava em cangalha, em vez de canoa”, afirma o etimologista Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
A cangalha é um triângulo de madeira colocado no pescoço dos porcos, para que não atravessem cercas nem destruam plantações. “Em regiões ribeirinhas ou à beira-mar, essa peça pode ter sido substituída por pequenas canoas, o que explicaria a origem da expressão”, diz Deonísio.
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