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Como é a vida em um recife de coral?

Sim, eles estão ameaçados no mundo todo.

Por Marcelo Testoni
Atualizado em 22 fev 2024, 10h18 - Publicado em 15 dez 2016, 16h30
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  • Pergunta do leitor Cristiano da Silva Neri, Naviraí, MS
    Ilustra Rainer Petter
    Edição Felipe van Deursen

    Rica como a vida em uma floresta tropical. E, assim como a selva, o recife de coral é quente: suas águas variam de 20 a 30 ºC. A temperatura é ideal para que se formem santuários ecológicos nos oceanos: eles servem de ponto de alimentação, reprodução e refúgio a um terço de todas as espécies de peixes marinhos do mundo. Entre os típicos habitantes estão o sedentário peixe-papagaio e a jamanta (uma arraia dócil), além de polvos, estrelas-do-mar e medusas muitas vezes letais para humanos. O homem, aliás, é a única ameaça a essa diversidade. Devido à poluição e à pesca predatória, 10% dos recifes do planeta já morreram. Se seguir assim, em menos de um século nós teremos que sair à procura de Dory e Nemo, literalmente.

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    (Rainer Petter)

    UMA GRANDE FAMÍLIA
    Os recifes são imensas estruturas de cálcio onde se agrupam os corais. Cada coral, por sua vez, é uma colônia formada por criaturinhas de 0,5 cm de diâmetro chamadas pólipos, que se alimentam de plâncton

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    (Rainer Petter)
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    (Rainer Petter)

    RESORT ORNAMENTAL
    Os animais se organizam em rotinas. Até meio-dia, o clima do recife é depaz. Peixes coloridos, como baiacu, peixe-palhaço (Nemo) e cirurgião-patela (Dory), perambulam à procura de algas e de plâncton para comer. Já as anêmonas-do-mar pegam carona na correnteza para traçar camarões. Enquanto isso, os corais estão dormindo, com os pólipos encolhidos

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    (Rainer Petter)

    PATRULHA SUBMARINA
    O peixe-borboleta, o budião-azul e o ouriço-do-mar são conhecidos como “limpadores” do recife, pois mordiscam e arrancam pedaços de coral cobertos por algas e parasitas, como vermes e lesmas, que proliferam e podem asfixiar a colônia inteira. A acidificação dos oceanos ameaça esses limpadores. Sem eles, os recifes podem virar desertos marinhos

     

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    (Rainer Petter)

    HORA DA FARRA
    O pôr do sol é a “troca de turno”. Tudo muda. Os cardumes entram em estado de inquietação. O motivo? Ictiófagos, os devoradores de peixes. Moreias, barracudas, garoupas e outros predadores saem de seu esconderijo à procura de vítimas vulneráveis. Eles são tipicamente escuros para se camuflar nas profundezas onde se locomovem

     

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    (Rainer Petter)

    HIENAS MARINHAS
    Das cerca de 5 mil espécies de peixes de recife, mais de dois terços são carnívoras. Por isso, a comilança é concorrida. De olho nela, estão os invertebrados, que acompanham o frenesi dos peixes ao anoitecer. Crustáceos, moluscos e vermes marinhos aproveitam as sobras deixadas pelos carnívoros e enriquecem sua dieta

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    VISITA INOPORTUNA
    Tubarões, cações e atuns não habitam os recifes, mas transitam por ali. A presença desses peixes de passagem traz outro perigo para os habitantes do recife. É que eles são alvo comum de pescadores, que podem fisgar ou até envenenar os moradores locais. Isso acaba afetando a dieta de tartarugas e golfinhos migratórios, que se alimentam dos peixes de recife

    UMA ÚLTIMA CURIOSIDADE A popularidade de Nemo e Dory fez disparar a procura por essas espécies em lojas, aumentando seu risco de extinção na natureza

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    VEJA TAMBÉM:
    + Como se formam os recifes?
    + É verdade que existe uma mancha gigante de lixo plástico no oceano? 
    + Qual é a maior profundidade do oceano e até onde o homem já foi?
    + Por que o mar é salgado? 

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    (Rainer Petter)
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    (Rainer Petter)

    CONSULTORIA Milena Testoni, bióloga de vida marinha do Aquário de São Paulo, e Fábio Lang da Silveira, do Instituto de Biociências da USP

    FONTES Nasa Ocean Color e Smithsonian Ocean Portal

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