Até 1979, o Irã era um país de costumes ocidentais em pleno Oriente Médio. A partir da chegada do aiatolá Khomeini ao poder, tudo mudou. O país passou a viver sob uma rígida interpretação da religião islâmica, tornando o dia-a-dia dos jovens iranianos bem diferente do nosso. Mas, entre quatro paredes, a galera de lá já começa a se soltar.
Tá na moda: As iranianas são obrigadas a cobrir os cabelos em público. Elas driblam as leis caprichando na maquiagem. Os garotos são fissurados por carros como o Peugeot 206 e o nacional Samand
Balada que pega: Danceterias e bebidas alcoólicas são proibidas. As festas rolam dentro de casa com as janelas bem fechadas para abafar o som. As populares casas de chá são pontos de encontro mais “comportados”
Da boca pra fora: Uma gíria bem comum é leng-e kafsh kohne, que quer dizer “sapato velho” e é usada para se referir a alguém que bajula muito outra pessoa
Da boca pra dentro: Por menos de 15 mil riais (5 reais) a galera come um prataço do tradicional chelo kabab: arroz com carne grelhada, acompanhado com ovos e manteiga
Passe livre: A maioridade legal é aos 18 anos, mas grande parte das restrições independe da idade: em público, as saias e calças das garotas devem cobrir os joelhos e os marmanjos não vestem bermudas. Ficar mais à vontade, só em casa
Na fila do cinema: Premiado mundo afora, o cinema iraniano é bom, bonito e barato. Uma sessão custa, no máximo, 18 mil riais (cerca de 6 reais)
Hit parade: A diva da música iraniana é a cantora Googoosh, mas ela vive nos Estados Unidos, já que o governo do Irã proíbe as mulheres de cantar no país. Música estrangeira, só pela internet
Já sei namorar: Trocar carícias em público não pode. Por isso, paquera-se muito trocando mensagens pelo celular e pela internet. Não é à toa que os iranianos são fortes de redes sociais. Na época do Orkut, eles eram a terceira maior “população” do mundo
Controle remoto: Os cinco canais de televisão são controlados pelo Estado. Mas na capital, Teerã, as proibidas antenas parabólicas são toleradas pela fiscalização. Os programas do comediante Mehran Modiri fazem a moçada gargalhar
Leitura básica: Os iranianos lêem muita poesia. Outra curiosidade é que o romance Veronika Decide Morrer, do brasileiro Paulo Coelho, faz um baita sucesso por lá
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* com o “correspondente” Jorge Mortean