Uma pesquisa simples, com poucas questões e entrevistados, custa em média 40 reais por questionário
Primeiro, o cliente reúne-se com a empresa de pesquisa e passa um briefing – ou seja, especifica precisamente o que ele quer saber. Por exemplo, um cliente pode querer lançar uma nova revista de games e encomenda uma pesquisa para saber qual a preferência nacional: Wii, PS3 ou Xbox. A partir do briefing, a empresa de pesquisa define as áreas e grupos de pessoas que devem ser pesquisadas, assim como as perguntas dos questionários (Que jogo prefere? Possui algum? Gosta de ler sobre games?). No caso dos games, o foco seria o público jovem, e não pessoas da terceira idade. As entrevistas são feitas, em geral, por e-mail, telefone ou pessoalmente, o chamado face-a-face. Além de catar a galera na rua, o e-mail seria uma boa opção no caso da pesquisa sobre games, já que é mais barato e os jogadores de videogame geralmente usam a internet. Terminado o trabalho de campo, as respostas de todos os questionários são digitadas duas vezes no computador, por pessoas diferentes, para garantir que não haverá erros. Feito isso, todos os dados são compilados por um software, que disponibiliza cálculos, porcentagens e gráficos. Enquanto rola a análise dos dados, o instituto volta a 20% das casas dos entrevistados. “Isso serve para certificar que os pesquisadores realmente visitaram as casas e aplicaram os questionários”, diz Márcia Cavallari, diretora executiva de atendimento e planejamento do Ibope. Por fim, o instituto de pesquisa faz uma apresentação final para o cliente, na qual explica o que é possível concluir dos resultados. Por exemplo, sabendo qual é o game preferido e onde ele faz mais sucesso, além de quanta gente lê revistas de games, o cliente pode decidir se lança ou não a sua revista.