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Como é feito um carro alegórico?

O primeiro ingrediente é um chassi de caminhão ou de ônibus. Aí, um batalhão de membros da escola de samba trabalha pelo menos dois meses para transformar essas carcaças em carros alegóricos que chegam a custar perto de 100 mil reais. Para ter uma idéia de como isso acontece, veja como é o esquema da […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h09 - Publicado em 18 abr 2011, 18h51

O primeiro ingrediente é um chassi de caminhão ou de ônibus. Aí, um batalhão de membros da escola de samba trabalha pelo menos dois meses para transformar essas carcaças em carros alegóricos que chegam a custar perto de 100 mil reais. Para ter uma idéia de como isso acontece, veja como é o esquema da Portela, umas das mais tradicionais escolas do Rio de Janeiro. O trabalho começa com mecânicos, que adaptam a suspensão do chassi para receber todo o peso das alegorias que enfeitarão o carro. Ferreiros, então, alargam a estrutura em 50% para deixá-lo mais espaçoso. Depois, carpinteiros moldam o acabamento de madeira que dá forma ao carro. Aí vem a parte mais artística da coisa: os profissionais que esculpem as alegorias em peças de isopor. Outros laminam fibra de vidro que vai em construções mais complexas, como as loucas edificações que cobrem os carros mais luxuosos.

Há ainda os que se encarregam da pintura e da confecção de tecidos, lantejoulas, plumas e paetês que deixam o velho chassi de caminhão com cara de palácio de Versalhes. Só depois que o quesito “luxo” está pronto é que entra a tecnologia. “Uma equipe de 12 pessoas cuida dos efeitos especiais. Eles instalam as luzes e a pirotecnia e programam o acionamento disso tudo no computador de cada carro”, diz o carnavalesco Jorge Freitas, da Portela. Esses efeitos são basicamente combinações entre lâmpadas coloridas, alegorias articuladas e pirotecnia. Nada de mais, não fosse a nota 10 no quesito criatividade desse pessoal: “Um dos nossos carros deste ano simula braços mecânicos que soldam peças em uma linha de montagem. Sincronizamos o movimento desses braços com um jorro de fogos de artifício que sai das peças. Cada vez que um braço toca uma delas, dá a impressão de que a peça está recebendo uma soldagem”, afirma Delmo de Moraes, coordenador de alegoria da escola Gaviões da Fiel, de São Paulo.

Mergulhe nessa

Na internet:

https://liesa.globo.com

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1. EFEITO NADA AUTOMÁTICO

As alegorias que se movem no carro em geral funcionam manualmente. A grande ave que costuma ir no abre-alas da Gaviões da Fiel, por exemplo, leva três pessoas espremidas lá dentro: uma para mover as asas, uma para a cabeça e outra para o bico. Carnavalescos dizem que sistemas assim são menos sujeitos a falhas que engenhocas motorizadas

2. SCHUMACHER NA AVENIDA

Quase ninguém repara, mas todo carro alegórico tem um piloto. Ele geralmente fica oculto sob adereços, mas nada que atrapalhe sua visão, claro. O “cockpit” é um buraco na parte frontal da cobertura de madeira, onde fica o volante e os pedais do chassi original. Nos carros cariocas, motorizados, há pedal de acelerador. Nos paulistanos, só volante

3. ESCULTURAS TÉRMICAS

As alegorias são esculturas de isopor ou estruturas de fibra de vidro. Já a “lataria” do carro é feita com compensados de madeira – que são bem leves, para não estourar o limite de peso que o chassi suporta. Todo o esqueleto de ferro é coberto por essas placas, que dão a forma final do carro

4. FAÇA-SE A LUZ

O que garante a iluminação toda de um carro é um gerador a diesel com potência de pelo menos 55 mil watts. É força suficiente para manter 1 375 lâmpadas fluorescentes ligadas ao mesmo tempo ou 29 aparelhos de ar-condicionado. Um computador controla o piscar das lâmpadas e o tempo em que eventuais efeitos especiais pirotécnicos são acionados

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5. TRAÇÃO FLINTSTONES

Em São Paulo, a tração dos carros tem que ser manual e entre dez e 20 pessoas empurram o carro. Haja braço para tocar o bicho ao longo dos 90 minutos de desfile, pois estima-se que cada carro pese cerca de 10 toneladas! No Rio, o motor original do chassi pode ser usado. “Aqui o pessoal só finge que empurra”, diz o historiador Hiram Araújo, diretor da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio

6. CAMINHÃO NOTA 10

A estrutura de um carro alegórico é nada mais que um chassi de caminhão alongado. Um chassi que tenha originalmente 8 metros de comprimento, em geral, fica com 12 (por 10 metros de largura). Mas algumas escolas exageram e esticam a coisa até 20 metros. Outras juntam mais de um chassi para fazer um carro só

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