Como é o dia-a-dia na Vila Olímpica?
O clima é de concentração total. “Sexo, então, quase não rola. Todos criam uma expectativa muito grande em relação às competições”, diz Marcus Vinícius Freire, chefe da missão brasileira em Atenas. O complexo que abriga as delegações é um bairro construído especialmente para a Olimpíada. A lotação máxima é de aproximadamente 16 mil pessoas, já […]
O clima é de concentração total. “Sexo, então, quase não rola. Todos criam uma expectativa muito grande em relação às competições”, diz Marcus Vinícius Freire, chefe da missão brasileira em Atenas. O complexo que abriga as delegações é um bairro construído especialmente para a Olimpíada. A lotação máxima é de aproximadamente 16 mil pessoas, já que se esperam 10500 atletas e 5500 treinadores e dirigentes. Mas a população total varia: os competidores só ficam lá enquanto duram suas disputas.
A estadia pode ser curta, mas não faltam mordomias. Tem restaurante, área de lazer, centro de treinamento, hospital e transporte, entre outras regalias. Na hora de escolher os prédios da vila, os países que levam delegações maiores podem decidir primeiro onde querem ser alojados. No caso da turma brasileira, os organizadores preferem locais distantes da área de lazer. O motivo? Mais uma vez, a concentração dos atletas.
Apesar dos nervos à flor da pele, os atletas convivem pacificamente. Até porque a equipe de segurança, organizada por um consórcio de sete países – sim, os Estados Unidos fizeram a sua parte -, trata de apartar os ânimos mais exaltados em um piscar de olhos.
Bairro construído para a Olimpíada tem jeitão de colônia de férias
Lotação
São dois sistemas de transporte: um interno, com ônibus circulares, e um externo. Os horários dos ônibus seguem a tabela de competições. Delegações levam minivans ebicicletas por conta própria
Três estrelas e meia
São 366 edifícios, com 2, 3 ou 4 andares. Um total de 2292 apartamentos com 3, 4 ou 5 quartos para acomodar as 16 mil pessoas que passarão por lá. Quase todos os quartos serão divididos por nacionalidade, sexo e modalidade disputada
Leões de chácara
A ameaça do terrorismo obrigou uma segurança reforçada. Ninguém entra nem sai sem passar por máquinas de raio X e detectores de metal. E todos têm de andar com um crachá que traz um controle eletrônico de acesso aos prédios
Pracinha do coreto
Na vila, só entram pessoas credenciadas. Jornalistas e visitantes têm acesso apenas à área internacional. Aqui ficam os bancos, agências de viagens e dos correios, floriculturas e empresas que prestam algum tipo de serviço aos atletas.
Super size me
O refeitório pode servir 5200 pessoas simultaneamente. E também há um McDonalds. Competidores, técnicos e representantes de cada país não pagam nada. O problema ali, dizem, é segurar a gula
Onda nerd
A vila tem uma área de lazer com academia, cinema, danceteria, videogame e piscina. Mas o que lota mesmo é o cibercafé. Tanto que a delegação brasileira resolveu instalar micros nos prédios dos nossos atletas