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Como é realizada uma briga de galo?

Embora seja proibida no Brasil desde 1998, a prática continua acontecendo na clandestinidade. Basta ter galos de raça combatente, a rinha (uma espécie de ringue), o juiz e os apostadores. A tradição é antiga: os primeiros registros, encontrados na Índia, são do ano 1 400 a.C.. A cultura ganhou força na Grécia antiga, por estimular […]

Por Giselle Hirata
Atualizado em 4 jul 2018, 20h29 - Publicado em 18 abr 2011, 11h05
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  • GALO

    Embora seja proibida no Brasil desde 1998, a prática continua acontecendo na clandestinidade. Basta ter galos de raça combatente, a rinha (uma espécie de ringue), o juiz e os apostadores. A tradição é antiga: os primeiros registros, encontrados na Índia, são do ano 1 400 a.C.. A cultura ganhou força na Grécia antiga, por estimular o espírito de combate dos guerreiros. A partir daí, se espalhou pela Europa e, depois, pelo mundo, por meio dos colonizadores. Veio ao Brasil no século 17 com os espanhóis, e ganhou adeptos. Em 1961, foi proibida pelo então presidente Jânio Quadros. Um ano depois, voltou a ser legal por ordem de Tancredo Neves. E em 1998 foi considerada crime ambiental. EUA, Argentina e Inglaterra, entre outros países, também proíbem a briga de galo.

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    Matar ou morrer

    Desde pequenos, os galos são treinados para enfrentar, sem medo, o seu adversário

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    Tipos de galo

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    São da espécie Gallus gallus, que são mais selvagens e ariscos. As principais variações utilizadas nas rinhas são: shamo (japonês), que possui pescoço mais resistente e golpes fortes; aseel (indiano), valente e resistente; e bankivas (espanhóis e ingleses), que são mais leves na revoada e possuem penas mais fartas

    Alimentação

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    A dieta deve incluir proteínas e cereais. No cardápio: milho, cevada, girassol, verduras e muita água, além de suplementos vitamínicos e minerais com aminoácido, que melhoram o rendimento da ave nos treinamentos diários – que começam quando o galo completa 12 meses de idade e se intensificam até o dia da luta

    Tosa

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    Não é uma regra, mas muitos criadores costumam aparar as penas dos galos, principalmente quando as brigas são realizadas em locais muito quentes. É comum tosar as plumas do baixo ventre, do exterior da coxa e da parte interna das asas. Segundo os criadores, a tosa facilita massagens e o controle de parasitas

    Aposta

    Existem dois tipos de apostas: a central, feita entre os proprietários dos galos, e a periférica, feita entre os apostadores. Geralmente, a aposta central é fechada antes da luta, enquanto os espectadores podem apostar entre si durante a briga. Não existe nenhum tipo de documento para validar o acordo, a aposta é selada por meio de gestos e gritos

    Juiz

    É a autoridade máxima da rinha. É sua obrigação analisar os galos, controlar o tempo das lutas e definir vencedor e perdedor. O juiz também define os rounds, que sempre variam entre rinhas. A luta pode ser de dois rounds – com 20 e 25 minutos, respectivamente – ou de três rounds, somando 55 minutos – sendo os dois primeiros com 20 minutos e o último com 15 minutos

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    Acessórios

    Os galos também têm apetrechos: a biqueira, um bico postiço de metal que é colocado sobre o natural como proteção, e as esporas, que têm 2,5 cm de comprimento e servem como armas. Feitas de plástico, elas são fixadas sobre as esporas naturais do galo, geralmente, com esparadrapos

    Ringue

    Também chamado de rinha, não tem um formato definido: pode ser quadrado, octogonal, hexagonal ou em forma circular. Eles são feitos de acordo com o terreno e as condições dos proprietários. Os mais sofisticados têm duas arenas: a maior é chamada de tambor e é onde acontecem a lutas principais; a menor, conhecida como rebolo, abriga as lutas mais acirradas

    InscriçãoÉ feita por ordem de chegada. Os galos são medidos e pesados pela comissão da rinha, que coloca uma anilha (uma pulseira para identificação) no tornozelo da ave. As informações são lançadas em um programa de computador que faz o emparelhamento dos galos. Assim a briga rola entre aves do mesmo tamanho e peso. Com os combates definidos, os donos dos galos combinam o preço da luta

    Resultado

    No nocaute, o juiz abre uma contagem de tempo. Se a ave não se levantar durante os 10 segundos, perde a luta. O combate pode ser interrompido, caso o juiz perceba que um dos galos está sem condições de continuar – é o nocaute técnico. Se um galo parar de lutar, ele perde por desistência. O empate ocorre quando não houver decisão no tempo regular da briga

    Tecno galo

    Na Tailândia as rinhas são mais sofisticadas. Os galos usam sensores nos pés, enviando sinais para um painel que faz a contagem eletrônica de pontos

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    • Com a ilegalidade, organizar rinhas improvisadas em celeiros é comum. A estrutura é temporária e pode ser removida rapidamente

    • A taxa de inscrição do galo em uma rinha pode variar de R$ 100 a R$ 500

    • Após cada seção de exercícios, a ave recebe massagens com loções

    • As esporas são fornecidas pela própria rinha, para que as aves lutem com as mesmas armas

    • No nocaute, o treinador pode ajudar a reanimar o galo durante a contagem

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    Treinamento

    A preparação do galo pode durar de 30 a 90 dias, dependendo do rendimento. O treino inclui, basicamente, três exercícios:

    Bater asa

    Com as batidas de asa, o galo trabalha os músculos peitorais e aumenta a capacidade respiratória

    CorrerA mesa giratória trabalha os músculos da coxas. A rotação aumenta gradualmente

    Pular

    Impulsionar o galo para cima exercita asas e coxa. A altura do salto aumenta de acordo com a evolução

    Fonte – Eduardo Augusto Seixas, presidente da Associação dos Criadores e Expositores de Raças Combatentes de São Paulo (ACERCSP); https://www.acerc.sp.org; Tadeu de Lima,autor do blog galoseaverdade.blogspot.com

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