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Como era o ataque de um navio pirata?

Em geral, sorrateiro e sangrento. Os piratas se aproveitavam de fatores climáticos, como a névoa, para atacar embarcações mercantes maiores e com mais tripulantes. Eles praticavam atos bárbaros com alguns capturados justamente para que sua fama de maus se espalhasse. Com isso, tinham a vantagem de serem temidos – na maioria das vezes, a tripulação […]

Por Thais Sant'Anna
Atualizado em 8 mar 2024, 09h24 - Publicado em 18 ago 2015, 12h15
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  • Pirata

    Em geral, sorrateiro e sangrento. Os piratas se aproveitavam de fatores climáticos, como a névoa, para atacar embarcações mercantes maiores e com mais tripulantes. Eles praticavam atos bárbaros com alguns capturados justamente para que sua fama de maus se espalhasse. Com isso, tinham a vantagem de serem temidos – na maioria das vezes, a tripulação se entregava antes do embate corporal. A pirataria ocorreu em todo o mundo ao longo da história. O período mais famoso, o do Caribe, entre os séculos 17 e 18, abrigou a chamada “era de ouro da pirataria”, entre 1713 e 1730. Os piratas preferiam embarcações pequenas, que se embrenhavam por rios e águas rasas, onde não podiam ser perseguidas. Os mais utilizados eram barcos de um ou dois mastros apenas, que não passavam de 20 m de comprimento. O enorme Queen Anne¿s Revenge, ilustrado aqui, era uma exceção. O famoso Barba Negra usou a embarcação por pouco menos de um ano, até resolver afundá-la em junho de 1718 por ser muito grande e difícil de esconder.

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    Selvageria no mar

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    Embarcação de Barba Negra era navio negreiro antes de ser capturada

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    1. Além de atacarem em alto-mar, os piratas gostavam de armar emboscadas em pequenas baías e recortes de litoral, onde podiam se esconder atrás de ilhas. Também era comum aproveitarem momentos de névoa e pouca visibilidade. Um vigia ficava no mastro procurando vítimas – de preferência navios de carga, pois embarcações militares podiam ser parte de uma esquadra maior

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    2. Uma vez avistado, o navio vítima precisava ser ultrapassado (é por isso que os piratas preferiam barcos pequenos e rápidos). Se quisesse ser furtivo, o navio pirata podia usar uma bandeira falsa e tapar os canhões para fingir que não era inimigo. Uma vez que os navios estivessem próximos, os piratas disparavam um canhão e gritavam ordens de rendição

    3. A rendição era preferida ao ataque, porque a batalha podia danificar o navio a ser conquistado. Além disso, a maioria dos navios da época carregava artilharia para resistir a um ataque, mesmo os que não eram de guerra. Se os oponentes não se rendiam, era hora da briga: os canhões eram disparados

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    4. Enquanto parte dos piratas operava os canhões, o restante lançava ganchos no navio oponente para invadi-lo. O método correto era enganchar, simultaneamente, da popa à proa, garantindo a maior área possível para saltar para o navio atacado e também para fugir, caso necessário

    5. Uma vez a bordo, os piratas entravam em combate mano a mano. Praticamente todos carregavam punhais para isso. Mas também usavam espadas, sabres e machados. A partir do século 17, granadas e armas de fogo passaram a ser utilizadas, como pistolas, mosquetes e bacamartes. Barba Negra era conhecido por usar um cinturão com três pares de pistolas

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    6. Uma invasão durava até 15 minutos. O rendimento era sinalizado quando a tripulação do navio colocava as armas no chão. Os piratas saqueavam mantimentos, cordas, lonas, ferramentas, madeira etc. Nem sempre o objetivo era ficar com os barcos – muitas vezes eles eram afundados. Já as tripulações eram libertadas, mortas ou escravizadas

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    Munições de canhão

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    Bala de ferro fundido

    Usada para penetrar os cascos dos navios

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    Bala encadeada

    Projetada para danificar velas e cordames, impedindo a fuga

    Metralha

    Era composta de vários fragmentos de ferro e usada para ferir pessoas

    Fontes: Livros The Pirate Ship, de Angus Konstam e Tony Bryan, Privateers & Pirates 1730 – 1830, de Angus Konstam e Angus McBride, e The World Atlas of Pirates, de Angus Konstam

    Consultoria: Dalton Delfini Maziero, historiador e especialista em arqueologia

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    Veja ambém:

    + Os 7 piratas mais terríveis dos mares

    + Ainda existem piratas hoje em dia?

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