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Como era uma batalha naval no século 17?

Por Roberto Navarro
Atualizado em 22 fev 2024, 11h15 - Publicado em 18 abr 2011, 18h48
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Era assustadora. Barcos com até três andares repletos de armamentos deslizavam na água e bombardeavam os inimigos sem clemência. Uma a uma, as embarcações afundavam. Os principais trunfos das potências da época eram os canhões e os navios a vela, além das novas táticas de combate. A partir do século 17, esses três fatores revolucionaram o combate marítimo. Antes disso, as batalhas eram sempre próximas à costa e só ocorriam quando um povo precisava se defender de alguma ameaça vinda do mar. Como os navios de combate ainda não contavam com a ajuda das velas, quase todos dependiam dos remos para se locomover, o que limitava muito o alcance da frota. A principal arma era um esporão com ponta de metal que era fincado nos navios inimigos para que as embarcações se aproximassem e os tripulantes passassem de uma para outra, iniciando o combate corpo a corpo. “Os barcos a vela ficaram sujeitos ao vento, mas beneficiaram-se da capacidade de carregar armamento pesado e ampliaram sua possibilidade de aventurar-se pelo mar”, afirma o historiador militar Wayne Hughes Jr., da Escola de Pós-Graduação Naval em Monterrey, Califórnia (EUA). O rei inglês Henrique VIII foi o primeiro governante a formar sua marinha de guerra, ainda no século 16, e elevou seu país à condição de potência militar. Durante as Guerras Anglo-Holandesas (1652-1674), ocorreram as primeiras grandes batalhas entre navios com canhões, movidos exclusivamente por velas.

Tática definida A Marinha Real Britânica adotava duas estratégias distintas de combate

Fila ordenada

A escola formalista exigia disciplina na organização da esquadra, que devia ficar alinhada durante a batalha

Cada um por si

Na escola meleísta (do francês mêlée, que significa “confusão”), cada capitão podia dar combate ao inimigo como desejasse

Duelo de titãs Galeões tinham até 100 canhões para afundar o inimigo
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SALVE-SE QUEM PUDER

Não havia a preocupação de resgatar ou aprisionar os náufragos dos navios afundados. Isso fazia com que os sobreviventes vagassem durante vários dias, flutuando agarrados a barris ou pedaços de madeira até serem salvos por algum barco que, por acaso, cruzasse seu trajeto

ARRANHA-CÉUS DOS MARES

Na primeira metade do século 17, os barcos ingleses começaram a instalar canhões em vários andares do mesmo navio. O ideal, para os estrategistas da época, era rechear três andares com as armas. As mais pesadas ficavam embaixo, para não comprometer a estabilidade da embarcação

À QUEIMA-ROUPA

Os canhões, em geral, tinham alcance de cerca de 300 metros, mas relatos indicam que algumas batalhas eram travadas a distâncias menores. Os barcos atiravam num ritmo que dependia da habilidade da tripulação, ficando em torno de um tiro por canhão a cada 5 a 10 minutos

DE VENTO EM POPA

Um navio a vela com vários mastros era difícil de manobrar, mas transportava mais canhões e era mais rápido que seus equivalentes movidos a remo, desde que o vento ajudasse e seu capitão soubesse aproveitá-lo

ARTILHARIA PESADA

Cada navio podia ter de seis a mais de cem canhões. Uma fragata com dois andares geralmente vencia uma corveta, com apenas um andar, e um galeão com três andares superava qualquer embarcação menor

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Mergulhe nessa

Na Livraria:

Naval Warfare in the Age of Sail – Brian Turnstall e Nicholas Tracy, Book Sales Publishing, 2001

Seamanship in the Age of Sail – John Harland, Naval Inst. Press, 1984

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Na Internet:

https://www.orlogsmuseet.dk/kroneng122.htm

https://www.madamebonancieux.com/royal_navy.htm

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