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Como eram os sacrifícios humanos realizados pelos celtas?

Em um ritual macabro, os celtas queimavam criminosos para agradar deuses das águas e da agricultura

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h26 - Publicado em 4 Maio 2016, 12h38
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    Em um ritual macabro, os celtas queimavam criminosos para agradar deuses das águas e da agricultura

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    Os celtas, que ocuparam parte da Europa entre os séculos 4 a.C. a 1 a.C, tinham vários tipos de sacrifícios. Com frequência, vítimas eram enforcadas para o deus Esus, queimadas para Taranis ou afogadas para Teutates. Mas o método mais famoso, ainda que não haja certeza absoluta de seu uso, era o espantalho de fogo: pessoas eram incendiadas em figuras feitas de madeira e palha, com pelo menos 4 m de altura.

    Moradores locais se apresentavam para ajudar na construção da estátua. Os sacerdotes celtas conhecidos como druidas conduziam o evento. Mas a honra de atear fogo no peito da imagem (usando uma forquilha com um chumaço de algodão em chamas) cabia ao próprio rei. Em volta, a comunidade entoava cânticos para o deus homenageado, possivelmente Arausio, que cuidava das águas.

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    O ritual servia para agradecer a colheita do ano anterior e pedir sucesso na próxima. Por isso, era realizado em campos abertos, na entrada da área de plantio. Mas também servia como condenação: em geral, as vítimas eram ladrões ou outros criminosos. Eles ficavam presos em gaiolas de madeira, construídas dentro do espantalho.

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    Por muito tempo, não se sabia ao certo se esse povo praticava sacrifícios. Isso porque o relato mais famoso de um desses eventos foi feito pelo imperador romano Júlio Cesar, inimigo dos celtas. Mas ossadas encontradas na França e na Grã-Bretanha provaram ao menos outro tipo de ritual: druidas matavam vítimas com espadas e, inspirados em seus espasmos, adivinhavam o futuro.

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    CONSULTORIA Walter Burkert, professor de antiguidade clássica da Universidade de Zurique, Patricia Smith, antropóloga da Hebrew University, Miranda Aldhouse-Green, arqueóloga e professora da Universidade Cardiff, Jonathan Tubb, arqueólogo do British Museum, Jan Bremmer, professor de ciência da religião da Universidade de Groningen

    FONTES Livros City of Sacrifice, de David Carrasco, Dying for the Gods, de Miranda Green Sutton, The Highest Altar, de Patrick Tierney, e Japanese Death Poems, de Yoel Hoffmann, e filme O Homem de Palha, de Robin Hardy

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