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Como funciona a criogenia?

O sangue é retirado e substituído e o corpo é colocado num tubo de nitrogênio líquido

Por Gabriela Portilho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h34 - Publicado em 30 jul 2009, 19h04
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  • Como funciona a criogenia?
    ILUSTRA: Sattu

    1. A criogenia é o congelamento de cadáveres a baixas temperaturas para que sejam ressuscitados um dia. Quando o paciente é declarado morto, os médicos tentam evitar a deterioração do corpo: medicamentos são injetados e máquinas mantêm a circulação do sangue e a oxigenação. O corpo é envolto em uma manta térmica especial, que ajuda a mantê-lo frio, e transportado até a clínica em temperaturas baixas, que fazem com que o cérebro exija menos oxigênio e mantenha os tecidos vivos por mais tempo

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    2. Na clínica, o sangue do paciente é retirado ao mesmo tempo que, por outro tubo, é inserido o líquido crioprotetor, uma substância química à base de glicerina. O líquido substitui outros compostos intracelulares, evitando que cristais de gelo se formem dentro das células. Se a pele da pessoa for clara, dá para ver que os tecidos com líquido começam a ficar alaranjados

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    3. Depois de injetadas as substâncias, o corpo vai para uma cabine com gás nitrogênio circulante. Lá, ele fica esfriando por cerca de três horas para assegurar que todas as partes do corpo serão congeladas por igual. No final do processo, o paciente estará completamente vitrificado

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    Como funciona a criogenia?

    a. Uma célula em estado normal é composta de diversas moléculas de água
    b. Nas células congeladas, as moléculas de água se agrupam, formando cristais de gelo – que espremem e danificam as células
    c. Na vitrificação, a água se move cada vez mais devagar, até parar. É o chamado estado de animação suspensa

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    4. Em seguida, o corpo é colocado em um saco plástico protetor e imerso em um cilindro de nitrogênio líquido, onde é monitorado. Nesta fase, há risco de surgirem fraturas no corpo, problema que pode ocorrer em grandes áreas submetidas à vitrificação – o próprio líquido criogênico pode endurecer e quebrar dentro do organismo!

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    5. Por fim, para economizar espaço, o corpo é colocado em um tubo de nitrogênio líquido com mais três corpos e duas cabeças – por um preço bem mais em conta é possível congelar somente a cabeça. O corpo fica ali e pode ser visitado pela família até que a ciência descubra um modo de recuperá-lo. Ou não…

     

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    • O único descongelamento que rola é o de embriões – mas isso só dá certo porque não são células complexas, diferentemente de um corpo cheio de tecidos e sistemas;

    • A falta de oxigênio durante os primeiros minutos da morte pode causar danos irreparáveis nos tecidos, que continuarão danificados mesmo congelados. Para alguns cientistas, no futuro, com o auxílio da nanotecnologia, esses tecidos poderão ser reconstruídos;

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    • O líquido criopreservante dentro do organismo vivo seria tóxico e ainda não se sabe como substituí-lo. Estudam-se tecnologias para poder eliminar essas proteínas tóxicas;

    • Mesmo descongelando o corpo, seria preciso reverter o processo que causou a morte – uma doença em estágio avançado, por exemplo. Para isso, a ciência precisa inventar a cura para tais doenças

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