Tatiane Alves da Silva,
Jaguariúna, SP
Achávamos que o fax já estava meio fora de moda, mas parece que a gente se enganou! Vamos matar a curiosidade: para transmitir imagens e textos, o fax traz dentro de si outros três apetrechos tecnológicos que a gente conhece bem:
1. O scanner, que “lê” a imagem que se quer transmitir e a converte em um arquivo digital;
2. O modem, que converte os dados digitais em sinais elétricos;
3. A linha telefônica, que transmite os sinais elétricos ao outro fax.
Bem resumido, esse é o processo atual. Quando o aparelho foi criado, a coisa era outra. O fax – ou pelo menos seu princípio básico – foi patenteado em 1843 pelo mecânico escocês Alexander Bain. Combinando a tecnologia das transmissões telegráficas com um mecanismo de relógio, ele inventou uma engenhoca capaz de receber sinais de uma linha de telégrafo e ” traduzi-la” na forma de desenhos em uma folha de papel. Antes de cair no gosto do povo, o aparelho precisou esperar quase 150 anos: só na década de 1980, as empresas de telecomunicações desenvolveram uma tecnologia para tornar mais rápidas as transmissões de imagens. Com a chegada da internet, o uso do fax diminuiu, mas não sumiu completamente por causa de seu baixo custo e simplicidade. Afinal, ainda existe muita gente que sabe usar um fax, mas não um e-mail…
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2. As informações do escaneamento são armazenadas em uma memória. Os dados indicam, em linguagem de computador, as partes atravessadas pela luz e os trechos onde houve a interrupção da luz. No final dessa fase, a imagem virou um arquivo digital, um enorme número cheio de zeros e uns os pontos em branco recebem valor 0 e os pretos, 1
3. O arquivo digital segue para o modem, onde ele é transformado num sinal elétrico. Os números 0 dão origem a sinais com freqüência de 800 hertz, enquanto os números 1 viram sinais de 1 300 hertz. Na forma de eletricidade, o documento é lançado na linha telefônica
4. Do outro lado, o aparelho de fax receptor realiza o processo inverso: primeiro, transforma os sinais elétricos em dados digitais. Depois, transmite os dados digitais para uma impressora, que decodifica a mensagem e imprime uma cópia do documento em preto-e-branco. E pronto!
É o papel tradicional de fax, bem fininho e vendido em bobinas. Ele ainda é usado por ser econômico, já que não precisa de toner ou tinta. O segredo é que o papel já vem com a “tinta”: na impressão térmica, um feixe de luz aquece as regiões impressas, que ficam pretas com o calor. É por causa do calor das mãos que às vezes sujamos os dedos ao pegar um fax
FOLHA DE SULFITE
Aparelhos mais modernos funcionam com impressão por jato de tinta. O processo é igualzinho ao de uma impressora de computador: o aparelho recebe as informações e as transmite para a cabeça de impressão. Em seguida, ela dispara milhares de gotas de tinta nos lugares que devem ficar pretos, pontilhando o desenho