1. Num salto-padrão, o paraquedista deixa o avião quando ele atinge cerca de 12 mil pés de altitude, ou seja, 3 600 metros. Nas costas, o saltador carrega a mochila que guarda o paraquedas todo dobrado
2. Quando a queda livre começa, o corpo do paraquedista vai aumentando progressivamente de velocidade até atingir cerca de 200 km/h. Até chegar a essa velocidade e se estabilizar, lá se vão 12 segundos de adrenalina!
3. Quando a altitude cai para 5 mil pés (1 500 metros), é hora de abrir o paraquedas, após 45 longos segundos de queda livre! Saltadores mais experientes ainda ganham alguns segundos extras ao acionar o equipamento a 3 mil pés do solo (900 metros)
4. O paraquedas tem várias “peças”. O slider serve para regular a velocidade de abertura do velame, evitando que o equipamento se enrole todo. O velame, por sua vez, é formado pelas células de náilon, que inflam para lhe dar o formato de uma asa. Com ele aberto, a velocidade do vôo fica em cerca de 30 km/h
5. Para “dirigir” o paraquedas, é preciso usar os batoques – ligados à cauda do velame por linhas direcionais. Quando o batoque esquerdo é puxado para baixo, o paraquedas vira para a esquerda. E vice-versa para o batoque direito
6. Na hora de pousar, cerca de 5 a 7 minutos após a saída do avião, o ideal é pegar um “vento de nariz” (frontal) e puxar os dois batoques para baixo, simultaneamente. O movimento empina o velame e funciona como freio, permitindo uma aterrissagem suave
ABRE-TE QUEDAS!
A maior parte dos paraquedistas abre o equipamento manualmente – apesar de existir uma opção automática. Eles puxam da mochila um miniparaquedas chamado pilotinho. Ao ser solto, o pilotinho é inflado pelo ar e arrasta o paraquedas (velame) principal para fora da mochila
PARA A FRENTE…
Mudando a posição do corpo, o paraquedista pode corrigir a direção e a velocidade da queda livre. Na posição front slide, feita com os braços encolhidos e as pernas esticadas, o vento empurra o corpo do paraquedista para a frente
…OU PARA TRÁS
Para se deslocar no sentido contrário, o paraquedista precisa esticar os braços e dobrar totalmente os joelhos. Isso faz com que o vento jogue seu corpo para trás. A posição é chamada de back slide
– Para o equipamento não falhar, uma dobragem benfeita dos velames é fundamental. O ideal é que ela ocorra em um ambiente coberto, evitando superfícies abrasivas como asfalto ou cimento – que podem danificar o tecido
– Se os velames ficam na mochila muito tempo, fatores externos, como umidade acumulada, podem prejudicar a abertura. Por isso, a dobragem do reserva tem prazo de validade: após quatro meses, é obrigatório redobrá-lo
– Todo paraquedista certificado aprende a dobrar seu velame principal, mas, se quiser, pode pagar 7 reais pelo serviço. A dobragem do reserva – mais minuciosa para garantir uma abertura rápida e sem falhas – custa dez vezes mais e só é feita por especialistas!
UM GRUDE SÓ
Além de abrigar os velames, a mochila tem tirantes (alças) para mantê-la firmemente grudada no tronco e nas pernas do paraquedista. Dependendo do tipo de salto e do nível de experiência da pessoa, o peso da mochila varia de 7 a 14 quilos
CABOS DA BOA ESPERANÇA
Existem cabos do lado de fora da mochila para acionar os dois velames. O cabeamento de aço flexível que aciona o reserva é protegido por um conduíte e coberto por abas de proteção. Isso evita que atritos (até do vento) acionem o equipamento acidentalmente
DOIS EM UM
Na mochila vão dois velames (paraquedas) guardados em bolsas. O principal fica na parte inferior. O reserva, alojado logo acima, fica bem mais compactado. Quando aberto, porém, ele tem o mesmo tamanho do paraquedas principal