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Como funciona um animatronic?

Com pequenos motores ativados por controle remoto, que movem cada detalhe da expressão da figura. Veja um infográfico

Por Katia Abreu
Atualizado em 22 fev 2024, 10h29 - Publicado em 19 fev 2016, 17h05

ILUSTRA Ícaro Yuji

Com pequenos motores ativados por controle remoto, que movem cada detalhe da expressão da figura. Esse tipo de boneco era muito utilizado antes da popularização da computação gráfica, em filmes como E.T. – O Extraterrestre (1982), mas ainda hoje aparece em várias produções, como Onde Vivem os Monstros (2009). Foi criado nos anos 60, a pedido de Walt Disney, que buscava criaturas em tamanho real para interagir com o público na Disneyland. Ele se diferencia de outros robôs pela sutileza e realismo dos movimentos da face, que realmente dão a impressão de se tratar de algo vivo.

PINÓQUIO DO FUTURO

Um único animatronic pode ter vários motores

1. Antes de pensar nos movimentos do boneco, é preciso ter sua estrutura. A partir de um desenho da criatura, é feita uma escultura de argila, de onde sairão os moldes para a produção do crânio (em fibra de vidro, dura e resistente) e também da pele (em espuma de látex ou silicone, mais leves e flexíveis)

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2. A pele é pintada com uma tinta acrílica, à base de água, que não endurece a espuma. Depois, recebe uma camada de carbocil, um pó fino e translúcido que retira o brilho e o grude da falsa derme. Ela é aplicada geralmente a partir do nariz, com delicadeza, quando o boneco está numa expressão “de repouso”

3. A “alma” do robô fica no crânio. Ali, são colocados os servomotores, mecanismos que atendem, via controle remoto, a ordens simples e específicas. Eles podem, por exemplo, fazer um aeromodelo alçar voo ou mover o leme de um navio de brinquedo. Em um animatronic, eles criam a expressão facial

4. Existem servomotores de diversos tamanhos e potências, capazes de ações mais amplas (como abrir a boca) ou mais sutis (como arquear um trecho da sobrancelha). Para cada movimento, há um ou mais servos. Uma piscada, por exemplo, exige um para a pálpebra superior e outro para a inferior

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5. Um controle remoto envia um pulso via rádio que informa a velocidade e a parada da ação. Cada servomotor pode se mover num ângulo de 45º a 90º. Os animatronics mais modernos usam um software capaz de dividir e mapear diversos pontos nesse intervalo, garantindo mais suavidade na expressão final

6. Antigamente, o controle era feito com joysticks de videogame ou com os de carrinho de brinquedo. A alavanca para cima/para baixo acionava um servo e a de direita/esquerda, outro. A velocidade e o fim da ação eram definidos “na unha”, pelo controlador. Ou por vários controladores, em sincronia total

7. Geralmente, os servos só cuidam da face. Para fazer o boneco andar ou mexer as mãos, há outras opções. O Yoda, por exemplo, era controlado como uma marionete. Mas, na maioria das vezes, um ator “veste” a cabeçaanimatronic e usa seus próprios braços e pernas (cobertos por roupa similar à do boneco)

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8. Uma terceira opção é o controle “por miniatura”. Foi o caso de alguns dos dinossauros de Jurassic Park (1993), movidos por pistões hidráulicos. Os controladores criaram réplicas menores, associadas via rádio com oanimatronic real. Cada vez que eles a manipulavam, a versão “grande” movia a mesma parte

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