Como funciona um míssil?
Um míssil é, resumidamente, um conjunto de explosivos embutidos em um veículo motorizado e controlável. Confira um infográfico do modelo Tomahawk
ILUSTRA Thales Molina
PERGUNTA Pedro Bueno, Paty do Alferes, RJ
Um míssil é, resumidamente, um conjunto de explosivos embutidos em um veículo motorizado e controlável. O nome vem do verbo latim mittere, que significa “enviar”. O primeiro modelo usado em larga escala foi o V-1 da Alemanha nazista. Mas foi durante a Guerra Fria que eles se popularizaram. Chegaram às décadas de 80 e 90 como as armas mais importantes, por causa da relativa precisão com que podiam acertar um alvo específico a milhares de quilômetros. Entre eles, estava o modelo Tomahawk, famoso na primeira Guerra do Golfo (1990-1991), muito utilizado até hoje e base do infográfico desta página.
INFOGRÁFICO
Conheça os principais componentes do Tomahawk
A) MOTOR
Quanto mais longe viaja um míssil, mais rápido ele deve ser. Logo, mais potente o motor, e mais combustível ele usa – só o tanque cheio responde por 89% do peso total do Tomahawk. O motor a jato usa combustível líquido, o TH-dimer, mas seu sistema de propulsão precisa de combustível sólido, como o usado nos antigos ônibus espaciais da Nasa.
B) SISTEMA DE DIREÇÃO
Para viajar em baixas altitudes rumo ao alvo, a arma é equipada com um sistema de direção que inclui um altímetro e um GPS. Um software de análise de terreno trabalha em tempo real para cruzar essas informações com o mapa tridimensional do trajeto, produzido com antecedência (aliás, um dos problemas desse modelo é ele precisar de dados prévios).
C) OGIVA
A razão de existir da arma é a ogiva. Os explosivos de um míssil de cruzeiro podem ser químicos, biológicos, nucleares ou incendiários. No Tomahawk, são as duas últimas opções. Eles ficam localizados na extremidade, com uma camada de titânio que impede que explodam antes da hora. Há também uma cobertura de cerâmica para driblar radares.
D) SISTEMA DE VOO
Para dar sustentação e precisão ao trajeto, o Tomahawk tem duas asas, que se abrem após o lançamento. Diferentemente de um avião comum, o sistema de voo usa todas as suas superfícies para fazer ajustes na rota: ele pode, por exemplo, girar em torno do próprio eixo. As correções podem ser exigidas por um técnico em terra ou até pelo piloto automático. Os mísseis balísticos traçam uma parábola rumo ao alvo, enquanto os de cruzeiro voam paralelamente ao solo.
E) SISTEMA DE MIRA
Ao se aproximar do objetivo final, o sistema de mira DSMAC (Digital Scene Matching Area Correlation) é acionado. Ele compara os objetos do solo com imagens extremamente detalhadas do local em seu banco de memória. Assim, realiza os últimos ajustes na rota, garantindo uma precisão incrível: um míssil desse modelo pode acertar um alvo fixo do tamanho. de uma casa
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O ESPAÇO É O LIMITE
Os três estágios do lançamento de um míssil balístico intercontinental, como o soviético R-7
1. Lançamento: Ocorre a partir de locais fixos no chão ou em aeronaves, navios ou submarinos. É dessa base que ele é monitorado
2. Voo livre: Em forma de parábola, pode alcançar até 1.200 km acima do solo. Representa boa parte do tempo de voo
3. Reentrada: A arma volta à superfície com velocidade crescente. Após poucos segundos, rola a explosão
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COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES MODELOS
FONTESLivrosThe Evolution of the Cruise Missile, de Kenneth P. Werrel, eThe Tomahawk Cruise Missile, de Matthew Pitt, e site Raytheon