Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Resoluções Ano Novo: Super por apenas 5,99

Como funcionava a prensa de Gutenberg?

Gutemberg evoluiu uma técnica muito mais antiga que ele

Por Fred Linardi
3 ago 2011, 19h34 • Atualizado em 18 jun 2024, 14h38
  • Com letras e símbolos em relevo esculpidos em metal. A invenção de Johannes Gensfleish, conhecido como Gutenberg, permitiu a impressão em massa de livros – que antes eram escritos a mão –, começando uma revolução na Europa, em meados de 1455.

    A técnica era inovadora, mas não foi a pioneira. Desde o século 7, calendários e livros sagrados já eram impressos pelos chineses – que utilizavam cerca de 400 mil ideogramas talhados em madeira. Mas Gutenberg criou tipos móveis mais resistentes, que podiam ser reutilizados em outros trabalhos impressos. Assim, os livros deixaram de ser uma exclusividade dos nobres e do clero. Até 1489, já havia prensas como a dele na Itália, França, Espanha, Holanda, Inglaterra e Dinamarca. Em 1500, cerca de 15 milhões de livros já tinham sido impressos.

    LETRA POR LETRA
    Cada página era montada com centenas de caracteres, organizados manualmente.

    TRABALHO MANUAL
    Os compositores organizavam as letras para formar as palavras de uma linha de texto. Depois, em uma forma, juntavam as linhas – que se transformariam em colunas e, por fim, em uma página inteira.

    Continua após a publicidade

    TIPOS MÓVEIS
    Eram fabricados em placas de metal duro, as chamadas matrizes. Elas serviam de moldes para fundir quantos caracteres fossem necessários para compor uma página. Os tipos móveis, em relevo, eram ordenados em caixas tipográficas.

    TINTA NA LETRA
    Na época, o pigmento era à base de água e não oferecia uma boa aderência. Para sua prensa, Gutenberg usou uma tinta composta de óleo de linhaça e negro-de-fumo, que marcava o papel sem borrar. Ela era aplicada nos tipos móveis com uma trouxa de pano.

    A IMPRESSÃO
    A prensa era movimentada por uma barra, que movia a rosca e o prelo. O papel ou o pergaminho ficava em cima dos caracteres, sob os quais era prensado por um prato de platina, ganhando o aspecto de uma página.

    Continua após a publicidade

    Os termos “caixa alta” e “ caixa baixa” surgiram da organização das caixas tipográficas – as minúsculas ficavam na parte baixa, enquanto as maiúsculas eram guardadas no topo.

    PRENSANDO
    Como o prato de platina era pequeno, as colunas da mesma página eram impressas separadamente – o que exigia que o prelo fosse acionado duas vezes. Uma folha de feltro era colocada entre a página e a platina para melhorar o resultado da impressão.

    PRODUTO FINAL
    A primeira página é analisada e, com a aprovação, outras cópias são feitas. Depois, os caracteres são retirados da forma e reorganizados para a impressão das demais páginas da obra

    Continua após a publicidade

    Cerca de 200 Bíblias foram impressas por Gutenberg. Em latim e com letras góticas – imitando a escrita –, as páginas do livro sagrado tinham 42 linhas, divididas em duas colunas. Algumas delas contavam com traços decorativos feitos a mão. Devido à grossura dos exemplares – até 1.300 páginas –, cada Bíblia tinha dois volumes. De todas elas, 48 sobrevivem até hoje em museus de diversos países.

    Compartilhe essa matéria via:

    LEIA TAMBÉM
    + Quem escreveu a Bíblia?
    + As 10 histórias mais polêmicas da Bíblia
    + Qual o livro mais caro do mundo?

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    RESOLUÇÕES ANO NOVO

    Digital Completo

    Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
    Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    RESOLUÇÕES ANO NOVO

    Revista em Casa + Digital Completo

    Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.