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Como se forma a areia da praia?

Spoiler: por meio de um processo muito, muito lento

Por Tarso Araújo
Atualizado em 18 out 2018, 14h21 - Publicado em 18 abr 2011, 18h35

Os grãos que a gente usa para brincar de “milanesa” nascem do desmanche das rochas de alguma serra próxima. É o mesmo processo que forma a areia dos rios, dunas, lagos e lagoas – e que costuma demorar milhões de anos, do desgaste de uma rocha à carona do vento ou da água dos rios até as praias. A origem geográfica da areia pode estar numa cadeia montanhosa a poucos metros ou a muitos quilômetros da praia. É o tipo de rocha dessa montanha que determina o tipo de areia em que você deita e rola no verão. “Por exemplo, aquela areia branca e fina, comum nas praias do Brasil, é composta principalmente de quartzo, mineral que vem do granito, um dos tipos de rocha mais abundantes na serra do Mar, que margeia o litoral do país”, afirma o geólogo Paulo Gianinni, da USP.

O que pouca gente sabe é que, depois de figurar na paisagem praiana por milhões de anos, os grãos de areia também morrem. Tudo acontece ali na praia mesmo: empilhado pelo peso enorme das novas camadas de areia que continuamente chegam à costa, o grão desce a centenas de metros de profundidade e volta a ser pedra, formando o assoalho oceânico.

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Da pedra ao pó

Desgaste das rochas é o primeiro passo na formação dos grãos

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1. O processo de formação da areia começa com a ação do vento, da chuva, de raízes e de microorganismos sobre uma pedra, que os geólogos costumam chamar de “rocha mãe”. Em um intervalo de milhões de anos, esses agentes lixam a pedra, decompondo-a em partículas minúsculas

2. Esses “restos” de pedra caem ao redor da rocha mãe, misturando-se à vegetação. O material que vai compor a areia já está lá, mas, enquanto não mudar de endereço, ele é simplesmente um tipo de solo

3. A formação da areia segue com o transporte de solo para longe da rocha mãe. Sob a ação do vento, da gravidade e das enxurradas, essa mistura – chamada agora de sedimento – desce a ladeira montanhosa rumo a um rio

4. Pela ação da água do rio, o sedimento é “peneirado” entre argila, areia e cascalho. A argila é tão leve que fica em suspensão na água. O cascalho, maior, fica no fundo e nem chega à praia. A areia, sim, tem o tamanho ideal para ser carregada pela correnteza

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5. Dependendo do caminho e da resistência do mineral de origem, os grãos podem sofrer um “amadurecimento” e chegarem menores e mais arredondados à praia. É lá que eles vão passar os próximos milhões de anos da sua vida

6. Na costa, a areia muda de lugar por causa do movimento das marés. E o mar e os rios também trazem outros ingredientes para a mistura, como conchas, algas e outros restos de animais que dão a fórmula final da areia

De grão em grão

Origem da rocha determina cor da areia

AREIA NEGRA

TAMANHO DO GRÃO – 0,25 a 0,5 mm de diâmetro

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COMPONENTE PRINCIPAL – Mica

Grãos angulosos (cheios de saliências pontiagudas e irregulares) como estes são típicos de praias de areia escura. Além de enegrecer a areia, a mica sinaliza que o local de origem da areia é uma montanha bem próxima da praia

AREIA BRANCA

TAMANHO DO GRÃO – 1 a 2 mm de diâmetro

COMPONENTE PRINCIPAL – Quartzo

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Este é o tipo de areia presente em boa parte do litoral brasileiro. O fato de o grão ser arrendondado e composto de quartzo (um “subproduto” da mica) mostra que a rocha que deu a origem à areia fica relativamente distante, pois o grão já sofreu bastante desgaste

AREIA MESCLADA

TAMANHO DO GRÃO – 0,12 a 0,25 mm de diâmetro

COMPONENTE PRINCIPAL – Silício

A principal fonte mineral desta areia são os grãos irregulares e esbranquiçados de silício. Mas ela também possui muitos fragmentos de corais e algas vermelhas, que podem dar uma coloração mais forte à mistura

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