Totalmente modificado, ele terá 16 novos itens de segurança. O objetivo é dificultar a falsificação. A luta contra as fraudes em passaportes é uma recomendação internacional, que ganhou força depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Os grandes trunfos do novo documento são o papel e a tinta especial e o código de barras, que a gente mostra no infográfico abaixo. Mas outros itens também foram turbinados. A costura das páginas, por exemplo, ganhou reforço com um fio especial que brilha sob a luz violeta, para evitar que as folhas sejam arrancadas. As páginas com a foto e os dados pessoais do portador serão plastificadas “a quente” – o calor da plastificadora ajuda a fundir o papel com o plástico. E os furinhos com o número do documento serão feitos por um laser, que criará buraquinhos com diâmetros diferentes a cada página. O passaporte repaginado começa a circular em janeiro de 2006. Mas quem tem o modelo antigão pode usá-lo até a data de validade. As datas dos vistos carimbados na caderneta velha não serão alteradas.
Papel e tinta especial vão ajudar a controlar o entra-e-sai no país
UNIDOS, VENCEREMOS
O passaporte ganha cara nova na capa: sai o verde-escuro, entra o azul, com a inscrição “Mercosul”. A medida é para unificar o jeitão dos passaportes do bloco — os documentos argentinos, uruguaios e paraguaios serão iguaizinhos
DURO DE IMITAR
Inspirado nas cédulas de dinheiro, o papel do passaporte terá uma textura diferente e contará com diversas fibras espalhadas na folha. Elas podem ser visíveis ou invisíveis, aparecendo somente sob a luz violeta
POR UM FIO
As folhas do passaporte recebem outras três heranças das notas de real: o fio de segurança, a marca d’água (um desenho que aparece contra a luz) e as microletras, sinais gráficos visíveis apenas com lupa
PINGO DE TINTA
A tinta azul do novo documento também tem mecanismos de segurança. Ela muda de cor sob a luz violeta, é impressa em alto relevo e mancha se algum trambiqueiro tentar apagar o que estiver escrito com produtos químicos
RG DIGITAL
O código de barras automatiza a conferência dos dados do viajante. Lido por um scanner, o código mostra na tela do computador o nome do cara, o número do documento, impressões digitais, fotografia e assinatura digitalizadas
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