Instalando peças e acessórios que, mesmo não sendo necessários, dão charme e personalidade ao possante. “A tunagem é puramente estética e não está ligada à performance do veículo”, afirma Mohamad Kahil, diretor da Garage 59, que tuna os carros do quadro Lata Velha, do Caldeirão do Huck. Segundo ele, a tunagem está tão popular que muitos carros já vêm de fábrica com alguma parte caprichada, como faróis de xenon e rodas esportivas. É possível mudar tudo e o único limite é a lei: no Brasil, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proíbe componentes como motor exposto, portas que abrem para cima e suspensão hidráulica. Mas as regras variam entre os estados e, contanto que você não ande com o carro na rua, pode fazer a tunagem que quiser – assim como o pessoal que customiza a caranga para feiras e exibições.
A lei do escurinho
Clássico da tunagem, o insufilme precisa seguir a lei que estabelece limites de transmissão de luz. O da frente, por exemplo, tem que transmitir pelo menos 75% de luz
Dia de princesa
Peças para lá de bizarras dão outro visual
MOTOR MEXIDO
A tunagem mecânica é estética, com a adição de coolers esportivos, luzes, filtros de ar coloridos e capa cromada para o motor. Já os turbocompressores permitem um arranque superveloz, assim como as garrafas de nitro, que são ilegais no Brasil. Para um design mais arrojado, são instalados scoops, aberturas no capô, que servem para refrigerar o motor.
LUZ NA PASSARELA
Nos faróis, é possível mudar o tipo de lâmpada para outras que geram tons azulados ou amarelados. Também dá para incluir o angel eye, um aro de LED colorido que fica ao redor do farol. Os famosos faróis de xenon, mais potentes e brilhantes, foram proibidos pelo Conselho Nacional de Trânsito e só são aceitos se vierem de fábrica.
PRONTO PARA A PISTA
Do lado de fora, a moda é tunar o carro com peças de stock car. O spoiler, instalado na parte frontal, diminui a resistência do ar e, juntamente com as saias laterais, melhora o desempenho do veículo em curvas. Na parte traseira, o aerofólio – que parece uma asa de avião invertida – diminui a turbulência causada pelo vento. Colocar os três sai por até R$ 10 mil.
Luzes neon, tanto do lado de dentro quanto do de fora, são outros acessórios comuns na tunagem. Cada componente elétrico aumentao consumo de bateria, por isso pode sernecessário instalar uma com mais potência.
PORTA-TRECO
Dentro do carro, a imaginação é o limite. Dá para customizar acessórios como o volante e até deixar o painel parecido com os de carro de corrida, cheios de reloginhos que marcam distância, bateria, óleo etc. Também é possível trocar os bancos e transformar a parte traseira em um lounge particular. Um visual caprichado custa até R$ 20 mil.
CÉREBRO ELETRÔNICO
Quer um carro do futuro? Então comece com a televisão, o DVD, o videogame e as caixas de som. Todos os aparelhos elétricos são conectados em um computador de bordo. Se quiser algo mais sofisticado, dá até para ligar um iPad na placa-mãe (atrás do painel) para controlar todo o sistema do seu possante.
RODA-GIGANTE
A maioria dos carros vem de fábrica com rodas de aro 13 ou 15 (diâmetro da roda, em polegadas). Na tunagem, dá para colocar rodas de aros maiores (até 28) e com design esportivo. Se o aro novo for muito grande, pode ser preciso adaptar o para-lama, a parte da lataria que recobre a roda, deixando-o maior.
ARTE NA LATARIA
Para fazer desenhos elaborados, os mecânicos utilizam aerógrafos – uma espécie de pistola de tinta.
A pintura custa até R$ 15 mil e utiliza vários tipos de tinta, com diferentes efeitos. A flake, com purpurina, é brilhante; a perolada fica cremosa; a marmorizada simula texturas, como madeira e pedra; a cromada, proibida no Brasil, é refletiva; e a camaleão muda de cor dependendo da luz e do ângulo em que é observada.
Carro rebaixado é um clássico da tunagem, mas exige trocar a suspensão (sai por cerca de mil reais) e a lei não permite todos os tipos. A suspensão hidráulica, que utiliza fluidos para fazer o carro pular é proibida. Ela é famosa por ter uma suspensão para cada roda e permitir controlá-las individualmente.