Sim. Já faz algum tempo que a ioga saiu dos templos hindus para se tornar uma atividade com resultados concretos para o corpo e a mente de qualquer cético. O motivo é simples: a prática regular da ioga libera serotonina, endorfina e propamina, substâncias capazes de aumentar a oxigenação sanguínea, o relaxamento muscular e a sensação de prazer. Soma-se a isso a redução dos níveis de cortisol, um hormônio ligado ao estresse.
O princípio ativo desse antidepressivo natural é a respiração. “Feitos lentamente e aliados à meditação, os exercícios respiratórios da ioga, chamados de pránáyáma, melhoram a oxigenação do cérebro e incrementam a produção dos hormônios relacionados à sensação de bem-estar”, diz a bióloga Elisa Harumi Kozasa, da unidade de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Mas as vantagens não param por aí. Algumas posturas iogues dão uma forcinha extra ao estimularem o funcionamento de órgãos como a tireóide, responsável pela produção de hormônios que gerenciam a velocidade das reações químicas de todas as células do corpo – o mau funcionamento dessa engrenagem é uma das principais causas dos distúrbios emocionais.
O alívio de sintomas como taquicardia, excesso de preocupação e pensamentos desorganizados – típicos de ansiedade e depressão – chega acompanhado pelo autoconhecimento e pela tranqüilidade. Os efeitos são tão positivos que, em muitos países, inclusive no Brasil, a meditação e a ioga vêm sendo usadas em escolas, hospitais e até prisões.
É claro que, nos casos de qualquer doença, o acompanhamento médico é indispensável. A ioga e a meditação atuam como terapia complementar.
1 – Em um lugar tranqüilo, deite-se de barriga pra cima, com os joelhos dobrados e os pés paralelos e afastados na linha dos ombros
2 – Coloque as mãos ao lado do umbigo
3 – Inspire profundamente pelo nariz e solte o ar pela boca, forçando a saída do ar
4 – Mantenha a respiração longa e lenta. A prática do exercício nunca deve ultrapassar cinco minutos