É verdade que, com a idade perdemos sensibilidade?
É, sim – mas o grau da perda e os sentidos afetados variam de uma pessoa para outra. Audição e visão costumam ser os mais prejudicados. Mesmo assim, existem casos em que o desgaste é mínimo. A partir dos 40 anos, o cristalino – espécie de lente ocular que dá foco às imagens – vai […]
É, sim – mas o grau da perda e os sentidos afetados variam de uma pessoa para outra. Audição e visão costumam ser os mais prejudicados. Mesmo assim, existem casos em que o desgaste é mínimo. A partir dos 40 anos, o cristalino – espécie de lente ocular que dá foco às imagens – vai perdendo sua elasticidade e a pessoa passa a ter dificuldade para enxergar de perto. “Isso é normal e pode ser corrigido com o uso de óculos. Mas se o paciente se queixar de visão embaçada, pode ser catarata. Apesar de freqüente em idosos, é uma doença a ser tratada e não apenas uma degeneração natural dos olhos”, afirma o geriatra Eduardo Ferrioli, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Já a perda de audição se dá pela morte de parte das células que transformam sons em estímulos elétricos, para serem enviados ao cérebro.
Algo similar ocorre com o olfato: também são células que convertem cheiros em sinais elétricos e elas morrem com a idade. O que muita gente não sabe é que o paladar serve apenas para reconhecer se o que comemos é salgado, doce, amargo ou azedo. O que nos permite distinguir se o sabor de uma bala é de menta ou de canela é o olfato. Assim, tanto a diminuição de um quanto do outro sentido fazem o idoso perder apetite. Só para ter uma idéia, um jovem tem cerca de 250 terminações nervosas em cada papila gustativa (aquelas bolinhas na superfície da língua). Acima dos 75 anos de idade, esse número cai para menos de 100. Por fim, o tato é o sentido em que menos se registram degenerações. Quando elas ocorrem, são nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Existem casos em que a pessoa demora um pouco mais para perceber a dor, já que as células sensitivas estão mais fraquinhas. Além disso, a sensação de onde os membros estão posicionados diminui, o que altera o equilíbrio, podendo causar quedas perigosas.