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Mulheres que mudaram a história: Junko Tabei

A primeira alpinista a escalar os sete montes mais altos de todos os continentes passou a vida defendendo causas ecológicas

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 5 mar 2018, 17h02
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  • (Maurício Planel/Mundo Estranho)

    O que foi: alpinista
    Onde viveu: Japão
    Quando nasceu e morreu: 1939-2016

    Uma avalanche a 6.300 m cobriu o acampamento formado por quatro alpinistas japonesas e seus guias. Junko Tabei ficou inconsciente por aproximadamente seis minutos, até ser retirada da neve por uma das sherpas que acompanhavam o grupo.

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    Depois de dois dias, apesar dos machucados, Junko, que tinha então 35 anos, se viu em condições de continuar. As demais voltaram para a base. Mais 12 dias de escalada e, em 16 de maio de 1975, ela se tornou a primeira mulher a superar o Everest. Se tivesse morrido sob o gelo, deixaria uma filha órfã: Noriko tinha apenas 2 anos na época.

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    Em 1992, com a subida até o topo do Monte Puncak Jaya, na Indonésia, a alpinista também alcançaria outra meta: ela foi a primeira a subir os sete cumes mais altos de cada continente. Ao todo, escalou mais de 70 montes de diferentes níveis de dificuldade.

    Acabaria vencida por um câncer de estômago, que a levou em 2016, depois de quatro anos de tratamentos. Tinha então 77 anos e deixava dois filhos, Noriko e Shinya.

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    JAQUETAS CASEIRAS
    Garota frágil, sem talento para os esportes tradicionais, Junko gostava de alpinismo. Mas essa era uma atividade cara para os padrões de sua família. Nascida entre sete filhos, ela parecia destinada a arranjar algum emprego comum. Mas, com 10 anos, subiu o Monte Nasu. A experiência marcou sua vida. Em 1969, já formada em pedagogia e literatura inglesa, ela criou o Clube das Mulheres Alpinistas do Japão, com o objetivo de realizar uma expedição de montanhismo fora do país. O grupo começou pelo Monte Fuji, mas alcançou picos nos Alpes Suíços. O objetivo final era o Everest. Junko dava aulas de inglês e piano a fim de levantar fundos.

    Para economizar dinheiro para a viagem, o grupo comprou bancos de carros usados e importou penas de ganso. Com as espumas dos bancos e as penas, as alpinistas costuraram suas próprias luvas, suas jaquetas e seus sacos de dormir.

    CELEBRIDADE TÍMIDA
    O sucesso da subida ao Everest transformou Junko numa celebridade. Tímida, ela se recusou a conceder entrevistas e a participar de programas de TV.

    Mas adotou causas importantes para ela, como a preservação do ecossistema em torno do Everest: ela passou os últimos 15 anos da vida defendendo a organização de sistemas de incineração do lixo largado no caminho do topo da montanha mais alta do mundo.

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    Mesmo depois de descobrir que estava com câncer, Junko continuou escalando. Deixou uma coletânea de textos em que anotava suas impressões: para ela, os montes não eram adversários a serem superados, mas parceiros com os quais ela convivia.

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    DICA DE LIVRO
    As memórias da alpinista chegam às livrarias em 2017, com o título Honouring High Places

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