É a capacidade de reconhecer e dar nome às notas musicais sem ter nenhuma referência anterior. Alguém com esse talento consegue dizer se a nota que sai do piano é dó, ré, fá e assim por diante sem precisar que ninguém toque uma nota que sirva de parâmetro (é assim que os músicos sem ouvido absoluto fazem).
Trata-se de um fenômeno raro: uma em cada 10 mil pessoas nasce com a habilidade. Os cientistas ainda não sabem exatamente as origens do ouvido absoluto, mas já suspeitam que ele seja hereditário – e que, quanto mais cedo a criança tiver educação musical, maiores as chances de esse “poder” se desenvolver.
O geneticista Peter Gregersen, da Universidade de Nova York, EUA, estudou músicos com e sem ouvido absoluto. Entre os filhos daqueles com a capacidade, 25% também têm. Mas entre os músicos sem ouvido absoluto, somente 1% dos filhos nasceram com o dom.
Para saber se uma criança tem ouvido absoluto, é preciso observá-la de perto. Comportamentos como uma certa obsessão por sons e uma capacidade incomum de identificá-los é um sinal. Se ela frequentar aulas de música entre os 2 e os 5 anos, melhor.
Do clássico ao pop
Artistas com ouvido absoluto
Haendel (1685-1759), compositor alemão
Mozart (1756-1791), compositor e pianista austríaco
Beethoven (1770-1827), compositor e regente alemão
Chopin (1810-1849), compositor e pianista polonês
Ella Fitzgerald (1917-1996), cantora americana
Hermeto Pascoal (1936-), compositor brasileiro
Ritchie Blackmore (1945-), guitarrista inglês
Stevie Wonder (1950-), cantor e compositor americano
Michael Jackson (1958-2009), cantor e compositor americano
Fontes: Juliana D’Agostini, pianista; artigo O Ouvido Absoluto: Bases Neurocognitivas e Perspectivas, de Fabrízio Veloso e Maria Ângela Guimarães Feitosa (Universidade de Brasília); revista científica Frontiers.
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