É um comportamento de defesa de certos animais, que simulam a própria morte para enganar predadores.
Entre os praticantes estão alguns mamíferos (como os gambás), répteis (lagartos e cobras), anfíbios (sapos e pererecas) e até peixes. Exemplos brasileiros são o caranguejo Trichodactylus panoplus, o lagarto Liolaemus occipitalis e o sapo Physalaemus kroyeri.
A “interpretação” dos bichos é digna do Oscar. “Eles não apenas cessam seus movimentos. Alguns reduzem drasticamente a percepção tátil, a suscetibilidade à dor, a frequência cardíaca ou a respiratória. Algumas cobras e gambás chegam a exalar um forte cheiro nauseabundo”, explica a bióloga Eliane Gonçalves de Freitas, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
Esse estado pode durar desde cerca de 60 segundos, como o sapo cururu (Physalaemus centralis), até inacreditáveis 30 minutos, como a aranha Hoplobunus mexicanus!
Necrofilia?
O macho da aranha Pisaura mirabilis usa a tanatose para se tornar mais atraente à parceira. E o peixe Haplochromis livingstoni, para caçar.