Ao contrário do que ocorre com a maioria das aves, as asas deles não são usadas para voar, mas para dar uma forcinha embaixo d’água. Elas atuam na verdade como eficientes nadadeiras, com penas muito semelhantes às escamas dos répteis: estruturas rígidas que as fazem funcionar como verdadeiros remos. Depois que empurram a água, as asas retornam junto às laterais do corpo, reduzindo o atrito e levando o bicho a aproveitar ao máximo o impulso obtido.
Graças a essa característica, os pinguins são as aves campeãs em velocidade na água, o que lhes permite perseguir cardumes e capturar peixes com grande sucesso. Os pinguins possuem um único tipo de pena, muito pequena, que recobre seu corpo inteiro e que, além de ajudar durante o nado, serve para protegê-los das baixíssimas temperaturas polares. A maioria das 18 espécies desse pássaro existentes no planeta habita o continente gelado da Antártida. Uma das raras exceções é o chamado pinguim-de-galápagos (Spheniscus mendiculus), encontrado na região equatorial.