O grão de milho-pipoca (Zea mays everta) estoura porque contém mais água (entre 12 e 16%) e tem casca mais resistente do que o milho comum. Quando a semente é exposta ao calor, (temperatura mínima de 170°C), a água encapsulada vira vapor, que se expande. A pressão é tanta que a casca se rompe. No primeiro contato com o ar, o amido (gelatinoso no interior do grão) solidifica-se e vira a espuma branca que comemos. Caso haja irregularidades na casca, como furos ou rachaduras, o vapor de água escapa e a casca não explode, formando o piruá (milho que não estourou). Outros fatores que impedem a transformação do milho em pipoca são a contínua exposição ao sol – que acaba secando o interior do grão – e o aquecimento abaixo da temperatura necessária.
Fonte
Artigos A Cultura do Milho Pipoca no Brasil, de Cleso Antônio Pacheco, pesquisador da Embrapa, e O Cultivo de Milho Pipoca no Brasil, de Eduardo Sawazaki, pesquisador do Centro de Plantas Graníferas – IAC