Por que nos museus é proibido fotografar com flash?
Isso quando eles permitem fotografar alguma coisa, não é?
Isso quando eles permitem fotografar alguma coisa, não é? O que acontece é que essa luz disparada pelas câmeras é tão intensa que acaba adulterando a própria cor das pinturas. Além de todas as cores perceptíveis pelo olho humano e dos raios infravermelhos, a luz branca dos flashes contém os invisíveis e poderosos raios ultravioleta. Os fótons (partículas de luz) que os compõem carregam uma quantidade de energia muito maior que a dos outros raios – a ponto de reagirem com os elétrons das tintas do quadro. Essa reação romperia algumas das ligações químicas entre as moléculas que formam o pigmento – o que, por sua vez, modificaria de maneira imprevisível as cores da pintura. Qualquer luz branca – como a do Sol ou a das lâmpadas fluorescentes – é capaz disso, só que essa capacidade de interferir na pigmentação aumenta conforme a intensidade da luz.
A dos flashes é tão forte que tem que ser proibida em nome da preservação de patrimônios artísticos valiosíssimos. Sem ela, as fotos que os visitantes levam para casa podem não ficar lá essas coisas, mas os Van Goghs e os Picassos agradecem.
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