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Quais são os trechos mais perigosos dos circuitos de F-1?

O maior bicho-papão dos circuitos de Fórmula 1 é a curva Eau Rouge, do circuito belga de Spa-Francorchamps. Primeiro vem uma descida e, em seguida, vem a curva, em subida – tudo isso a 300 km/h, sem tirar o pé do acelerador. Não por acaso esse circuito – que, para a alegria de alguns e […]

Por Artur Louback
Atualizado em 22 fev 2024, 11h19 - Publicado em 18 abr 2011, 18h47
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    O maior bicho-papão dos circuitos de Fórmula 1 é a curva Eau Rouge, do circuito belga de Spa-Francorchamps. Primeiro vem uma descida e, em seguida, vem a curva, em subida – tudo isso a 300 km/h, sem tirar o pé do acelerador. Não por acaso esse circuito – que, para a alegria de alguns e tristeza de outros, foi cortado do calendário 2006 – é o favorito de alguns dos maiores pilotos da história da Fórmula 1, como Schumacher e Senna: os trechos complicados deixam claro quem é bom e quem é braço-duro. Grandes pilotos ganham preciosos segundos em curvas complicadas. Aliás, é interessante notar que as curvas mais fechadas não são as mais difíceis, afinal, nesse tipo de curva, não dá para fazer outra coisa senão reduzir a marcha e fazer o contorno devagar. Nas curvas de alta velocidade, entra em ação a chamada força G, que nada mais é do que a pressão da gravidade, que, dependendo da forma como se faz o traçado, pode pregar o carro no chão ou ajudar a jogá-lo para fora da pista. “Você sente a força G nas pernas e nos quadris, mas o pior mesmo é a pressão sobre o pescoço. O problema disso, além das dores no pescoço, é que a pressão exagerada faz você perder a visão e não conseguir seguir no traçado correto”, afirma o piloto Luciano Burti, que já participou da Fórmula 1 e atualmente corre na Stock Car brasileira.

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    EAU ROUGE

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    CIRCUITO – Spa-Francorchamps (Bélgica)

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    No mapa e mesmo na televisão não dá pra sacar a dificuldade desse trecho. O grande problema é a mudança brusca do relevo: primeiro vem uma descida e depois uma curva subindo, o que não permite que o piloto veja onde ela acaba. Para piorar, a curva é longa, o que faz com que quem tira o pé do acelerador no meio dela perca preciosos segundos.

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    COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA* – “Spa é um circuito com muitas retas e, portanto, os carros são ajustados com pouca asa. Isso dificulta a aderência em curvas de alta velocidade. No final da curva você se sente em uma montanha-russa, o carro parece que vai decolar. Na minha opinião, nenhuma curva exige tanto do físico do piloto quanto essa.”

    S DA PISCINA

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    CIRCUITO – Monte Carlo (Mônaco)

    Nelson Piquet dizia que correr em Mônaco é como andar de bicicleta dentro de uma sala apertada: qualquer vacilo e pimba no muro. O S da Piscina é uma seqüência muito rápida de curvas, logo depois de uma retinha – o piloto entra no S a mais de 180 km/h.

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    COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA* – “Qualquer curva em Mônaco é uma grande dificuldade. Como é um circuito de rua, a pista é bastante ondulada e de baixa aderência. Nessas condições, fica ainda mais difícil segurar o carro em um S de alta velocidade.”

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    130R

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    CIRCUITO – Suzuka (Japão)

    Não tem definição melhor do que a do jornalista Lívio Oricchio, do jornal O Estado de S. Paulo: “Curva pra macho!” O piloto entra nela a 320 km/h e, se tiver peito, passa por ela sem tirar o pé do acelerador. Segundo o site oficial da Fórmula 1, essa é a curva que exerce a maior força G sobre o carro: quatro vezes mais do que a força da gravidade no repouso.

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    COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA* – “Na época do Senna, quando os carros eram menos estáveis, era impossível fazer com o pé embaixo. Hoje dá para entrar na 130R sem reduzir, mas a conseqüência de uma falha é ainda pior.”

    MAGGOTS + BECKETTS

    CIRCUITO – Silverstone (Inglaterra)

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    A primeira curva (Maggots), para a direita, é feita a 263 km/h, em sexta marcha. No final dela vem outra curva (Becketts), mais acentuada, para a esquerda, feita a 202 km/h, em quarta marcha. Em seguida, vem Chapel, uma curva mais lenta (177 km/h) à direita, feita em cima da zebra, para permitir que o carro saia equilibrado para encarar mais uma curvinha e sair à toda no retão.

    COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA* – “A principal dificuldade é a mudança de direção em alta velocidade. Você precisa fazer a seqüência com muito cuidado para controlar a mudança de equilíbrio no carro.”

    CURVA Nº 8

    CIRCUITO – Istambul (Turquia)

    A estréia do circuito turco foi no ano passado. Quem é bom de braço entra na oitava curva em velocidade média (4ª marcha e 230 km/h) e sai em 6ª marcha, a mais de 300 km/h. O problema é que a curva é longa e o piloto que não entra colado na zebra acaba na caixa de brita.

    COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA* – “Embora ela não seja feita em velocidade tão alta quanto a 130R e a Eau Rouge, ela é mais longa e, portanto, a pressão se prolonga por mais tempo. Por isso, no ano passado, vários pilotos já largaram com protetores no lado direito do pescoço.”

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    *Comentários de Luciano Burti, ex-piloto das equipes de F-1 Prost e Jaguar e ex-piloto de testes da Ferrari

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