Qual é a diferença entre cravo, órgão e piano?
Enquanto o piano e o cravo são instrumentos de corda, o órgão utiliza o ar para produzir som
Órgão
A principal diferença é entre órgão de um lado, e piano e cravo do outro. Enquanto nestes dois o som é produzido pela vibração de cordas, no órgão as notas saem com a passagem do ar por tubos verticais. O órgão não tem cordas. Quando uma tecla é acionada, ela libera a passagem de ar por um certo tubo, e cada um deles produz um timbre diferente. Dependendo do órgão, ele pode ter centenas de teclas e tubos.
Piano
O piano possui cordas que vibram quando acionadas pelas teclas. É essa vibração que gera o som. Um sistema mecânico faz com que as cordas recebam o impacto de uma peça (martelo) toda vez que o pianista toca uma tecla – e ele ainda pode controlar a força com a qual a corda é percutida. O piano possui 88 teclas e mais os pedais, que servem para prolongar, suavizar e até abafar a vibração das cordas.
Cravo
Externamente, o cravo difere do piano por não ter pedais e por ser menor – ele tem as teclas mais finas que o piano. Mas o que muda mesmo é a parte mecânica. No cravo, as cordas não recebem impacto, elas são “beliscadas”, de um jeito parecido ao que os dedos fazem ao tocar um violão. Isso impede que o cravista mude a intensidade do som. Não adianta bater na tecla com mais força. O som é sempre o mesmo.
Dentro do piano
1. Dentro do instrumento, há um prolongamento da tecla do piano, que forma uma espécie de alavanca. Quando a tecla está em repouso, o martelo permanece abaixado
2. Quando a tecla é pressionada, seu prolongamento sobe e o martelo atinge uma corda, que vibra e produz o som. Se o pianista bate forte na tecla, o martelo atinge a corda com força, gerando um som mais intenso
Dentro do cravo
1. O prolongamento da tecla também existe no cravo. A diferença é que não há um martelo. No lugar, o cravo possui uma espécie de agulha, o plectro, que fica na ponta de uma peça chamada saltador
2. Quando a tecla é acionada, o saltador sobe. Aí o plectro belisca a corda, fazendo-a vibrar, e volta à posição original. O contato entre plectro e corda acaba aí. Não importa a força aplicada na tecla
CONSULTORIA: EDUARDO MONTEIRO, PROFESSOR DE PIANO DO DEPARTAMENTO DE MÚSICA DA USP