A definição de luxo varia muito de uma pessoa para outra. Muita gente sonha com aquelas choupanas sobre palafitas no mar do Taiti (a uma média de 500 dólares a diária). Outros preferem o requinte classudo de endereços tradicionalmente chiques como o Ritz, em Londres, e o George V, em Paris – ou, melhor ainda, a nata da Riviera Francesa: o Carlton, em Cannes, e o Grand Hotel du Cap, logo ao lado, em Cap d’Antibes (são os dois palácios que hospedam as mais milionárias estrelas de Hollywood durante o Festival Internacional de Cinema de Cannes). Este último ainda leva a vantagem de possuir a Eden Roc, considerada a mais bela piscina do mundo, cavada nas rochas à beira-mar. Os especialistas em hotelaria, porém, escolhem o Burj Al Arab, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um pequeno país situado na entrada do Golfo Pérsico. A extravagância do hotel, inaugurado em 1999, começa pela própria arquitetura: o prédio, que tem a forma de uma vela de barco, foi construído sobre uma ilha artificial.
Para alcançar a recepção principal, no térreo (há uma em cada andar), é preciso atravessar uma ponte e já deixar ali 55 dólares de pedágio. Em seus 320 metros de altura (é também o hotel mais alto do mundo) e 56 andares, o Burj Al Arab abriga 202 suítes dúplex com vista panorâmica tanto para o mar quanto para o deserto. As duas suítes imperiais, reservadas para milionários excêntricos e chefes de estado em visita ao país, estão localizadas no 25º andar e contam com elevadores exclusivos. Cada uma possui cinema privativo, banheiras de hidromassagem, salas de estar e jantar, quartos com camas rotatórias cobertas por lençóis da grife Versace e peças de decoração em ouro e mármore – além de aposentos exclusivos para os mordomos, com entrada independente.
Fora da suíte, o hóspede pode se esbaldar em um complexo de entretenimento com duas piscinas com vista para o Golfo, outras duas para mergulho, 18 salões de beleza, sauna, duas academias de ginástica e sete restaurantes – um deles embaixo do mar, com imensas janelas para a paisagem e a fauna subaquáticas. Apesar de tamanha opulência, o Burj Al Arab não ostenta o título de hotel mais caro do mundo. O preço da diária em uma das suítes imperiais, que não costuma passar de 8 mil dólares, é quase uma esmola diante dos 25 mil dólares cobrados por uma noite na Bridge Suite do hotel Atlantis, nas Bahamas.
BANHO MILIONÁRIO
Piscina cavada nas rochas à beira-mar, no Grand Hotel du Cap: a nata da Riviera Francesa
SONHO POLINÉSIO
No Manihi Resort, no Taiti, o café da manhã é levado de canoa para o bangalô isolado sobre o mar
TRADIÇÃO BRITÂNICA
O suntuoso Ritz Hotel, no coração de Londres, sempre foi um dos endereços favoritos da aristocracia européia
VISTA PANORÂMICA
O Burj Al Arab, nos Emirados Árabes, é o hotel mais alto do mundo e tem um incrível restaurante submarino
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